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Boletim Eletrônico dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região • nº 429 • 25/7/2019

Indústria à beira
do abismo

De janeiro a maio, 2.325 fábricas foram fechadas no Estado de São Paulo. Vou repetir, só em nosso Estado, em apenas 150 dias, perdemos 2.325 indústrias. Isso dá, em dias corridos, a média diária de 15,5 fábricas fechadas.

A notícia não está em nenhum blog sindical ou de esquerda. Ao contrário, foi chamada de primeira página do jornal O Estado de S. Paulo e manchete do seu caderno de Economia, domingo, dia 21 de julho.

O número, mostra a reportagem, é o mais alto em uma década e ficou 12% acima do verificado no mesmo período do ano passado, quando o fechamento havia ficado em 2.079. Mais: entre 2014 e 2018, o PIB industrial brasileiro recuou 14,4%.

Por que uma indústria fecha? Por muitas razões. Pode ser porque ela foi mal gerenciada. Talvez por ter ficado defasada tecnologicamente. Ou, quem sabe, pelo fato do País não ter política industrial e preferir deixar morrer a sua base fabril.

O jornal não mostra quantos empregos, diretos e indiretos, foram perdidos. Mas informa que, entre as empresas fechadas, havia muitas consideradas grandes, "de 300 a 400 funcionários", diz o texto assinado pela repórter Cleide Silva.

Não existe, rigorosamente não existe, um único país no mundo que tenha ficado rico e se tornado forte sem possuir base industrial. Não vale citar a Suíça, porque ela se apoia na neutralidade diplomática e por ser o local onde os ricaços abrigam o dinheiro.

Estados Unidos têm forte base industrial; Alemanha, Japão, França, Inglaterra, Itália, Coreia do Sul e, claro, a China, também se apoiam na indústria, conforme o nível tecnológico e as condições geográficas locais.

O Brasil foi durante séculos mero exportador de madeira, de ouro, de café e de algodão. Getúlio Vargas rompeu esse ciclo com a Revolução de 30 e o Estado Novo. Seu segundo mandato, interrompido em 1954, também deu forte impulso à indústria de base e a outros segmentos produtivos.

Até meados dos anos 90, nossa base industrial se expandiu. Depois, devido à adesão incondicional do Brasil à ordem neoliberal, a indústria passou a encolher. O governo Temer foi seu algoz mais cruel e Bolsonaro segue os seus passos. Aliás, Temer disse: "O governo Bolsonaro está indo bem porque segue o meu".

O que fazer? Uma das principais bandeiras do sindicalismo é retomar o crescimento, centrado na recuperação da indústria, a começar pela construção civil, que gera muitos empregos. A Força Sindical tem participado de debates com a CNI, buscando saídas para o setor produtivo. Não sabemos se eles terão resultado prático. Mas representam um esforço de romper a inércia e recolocar o País no rumo do crescimento.

E o governo? Deve ser cobrado e chamado a cumprir seu papel. Ou assume uma posição ativa ou empurra de vez o Brasil para a condição de colônia. Ou seja, de país barato, com ativos baratos, mão de obra barata, servindo aos altos lucros do grande capital. Se fizer isso, o governo cometerá um crime grave, que é o de lesa-Pátria. 

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato
facebook.com/PereiraMetalurgico
pereira@metalurgico.org.br
Artigo publicado no jornal
Guarulhos Hoje, dia 24 de julho de 2019

Negociação do Sindicato
garante melhorias na Golin


Diretores Cabeça, Fala Mansa e Tieta conduzem assembleia com trabalhadores

A ação sindical obtém mais um avanço. Desta vez, as conquistas beneficiam os 300 companheiros da Metalúrgica Golin (Bonsucesso). Os trabalhadores terão isenção de custos em vários benefícios até fevereiro próximo. A empresa fabrica tubos de aço industriais.

Os companheiros terão café da manhã, convênio médico, vale-alimentação, vale-refeição e ônibus fretado de graça até fevereiro. A proposta foi aprovada em assembleia segunda (22), conduzida pelos nossos diretores Josinaldo José de Barros (Cabeça), Antonio Francisco da Silva (Fala Mansa) e Eduardo Apóstolo (Tieta).

Delegados - Os metalúrgicos elegeram os novos delegados sindicais locais. Alexandre Marques Alves foi eleito titular e Fábio Prado de Brito ficará na suplência. Ambos terão estabilidade de dois anos. Os companheiros serão a ligação das reivindicações do chão da fábrica com o Sindicato.

METAL

PLR conquista aumento de 12% na Hunter Douglas



Cabeça e Fala Mansa durante assembleia

Os trabalhadores da Hunter Douglas (Bonsucesso) aprovaram a negociação de Participação nos Lucros e/ou Resultados. Benefício subiu 12% em relação ao anterior e poderá chegar a R$ 3.350,00.

A primeira parcela, de R$ 2.000,00, será paga até final de julho. A segunda, conforme metas, está prevista para janeiro. Também foi aprovada taxa de custeio dos que não são-sócios do Sindicato. Assembleia aconteceu terça (23) e foi conduzida por Cabeça, Fala Mansa e Tieta.

Aços Radial - Empresa recentemente instalada em Guarulhos, na Vila Venditti, vai pagar Participação nos Lucros e/ou Resultados aos funcionários, cerca de 50. É mais uma conquista do Sindicato na base. Pagamento integral será feito até o final do mês.

METAL

Inscreva-se para o 15º Campeonato de Futsal. Ainda há tempo


As inscrições para o 15º Campeonato de Futsal dos Metalúrgicos foram prorrogadas até o dia 15 de agosto. Os jogos serão disputados em nosso ginásio poliesportivo, no Clube de Campo (Parque Primavera).

Somente podem se inscrever sócios do Sindicato. Será marcada, pouco antes do encerramento das inscrições, a data para o Congresso Técnico, quando serão definidos o regulamento, sistema de disputa e os primeiros jogos.

Participe - Seja com a equipe dentro de quadra ou como torcedor. Entrada grátis. Participe do torneio. Vale a pena!

Para mais informações, ligue 2463.5300 e fale com o assessor Feijão.

FIQUE SÓCIO. VALE A PENA!
Agende visita à sua empresa


Marcia e Roseli durante sindicalização na U-Shin

Fortaleça sua entidade de classe. Utilize serviços e benefícios, como o mais completo Clube de Campo da região.

Agende visita dos diretores ou assessores à sua empresa. Basta ligar para 2463.5300 e marcar em horário que não influencie na jornada normal da fábrica.



SÓ HOMOLOGUE NO SINDICATO!

Na hora de acertar as contas das verbas rescisórias, não deixe de procurar o Sindicato. Caso você vá sair da empresa ou seja por ela dispensado, passe antes no Sindicato para simularmos os valores a receber. Atenção: a mudança na lei NÃO TE OBRIGA a fazer homologação fora do Sindicato. Essa opção é do trabalhador. E, claro, você optará pelo mais seguro. Portanto, ligue 2463.5300 e oriente-se.

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