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Boletim Eletrônico dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região • nº 463 • 23/4/2020
  

Ditadura nunca mais!

Infelizmente, há brasileiros que clamam por uma ditadura. A minoria apoia mesmo um regime autoritário. Mas a maioria o faz por acreditar num passado feliz que nunca existiu. O presidente Bolsonaro, que devia agir com bom senso, discursa no ato pró-ditadura e joga gasolina na fogueira.

Os fatos.

Primeiro: é mentira que Câmara, Senado e Supremo Tribunal Federal engessam o governo. Bolsonaro aprovou quase tudo o que quis até agora no Congresso. É o caso da reforma da Previdência, que reduz o valor dos benefícios e faz com que a pessoa trabalhe mais tempo e receba menos.

Segundo: não é verdade que havia segurança e tranquilidade. Ao contrário. O inchaço urbano acelerado empurrou os pobres pra favelas e cortiços, degradou a vida humana, agravou as condições sanitárias e fez explodir a violência. É da época da ditadura a criação dos esquadrões da morte, cujas vítimas eram os pobres e marginalizados.

Terceiro: havia emprego de sobra. É meia verdade. As grandes obras (Itaipu, ponte Rio-Niterói, Ilha Solteira etc.) criaram emprego na construção civil, que geraram postos de trabalho em toda a cadeia produtiva. Mas houve duros períodos de desemprego, nos governos Geisel e Figueiredo. Com Geisel, explodiu a crise do petróleo, que abateu nossa economia. Com Figueiredo, houve crise continuada e o desemprego bateu no teto.

Quarto: a educação pública era uma beleza. Nada disso, a reforma educacional piorou o nível do ensino. É desse período também a expansão do ensino privado, da creche até a faculdade. Portanto, cresceu a mercantilização da educação. A piada era: você ligava por engano pra determinada faculdade e te diziam que havia passado no vestibular.

Quinto: liberdade era escassa. Os jornais eram censurados. Livros eram recolhidos. Filmes sofriam cortes e proibições. E até uma inocente peça infantil tinha que ser primeiro encenada aos censores. Jornalista que denunciava o regime (falcatruas, negociatas, mordomias etc.) era perseguido ou enquadrado na draconiana Lei de Segurança Nacional.

Sexto: salários tinham poder de compra. É mito. O regime impôs o arrocho por meio dos conhecidos Decretos-Leis 2.045 e 2.064. O salário mínimo desceu a níveis humilhantes. As negociações coletivas entre sindicalismo e patrões sofriam todo tipo de restrições e o Ministério do Trabalho agia com poder policial, baixando intervenções e cassando diretorias sindicais mais atuantes.

Centrais - Domingo, dia 19, as Centrais Sindicais publicaram nota em repúdio à participação de Bolsonaro num ato a favor da ditadura. A decisão é correta, pois devemos respeitar a Constituição e o Estado de Direito. Vale ressaltar que os ganhos dos trabalhadores são sempre maiores na democracia, onde o sindicalismo pode se organizar e o cidadão pode exercer sua liberdade e reivindicar.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato
facebook.com/PereiraMetalurgico
pereira@metalurgico.org.br
Artigo publicado no Guarulhos Hoje, dia 23/4/2020.
VÍDEO

Economista aponta itens graves da MP 936

Rodolfo Viana, responsável pela subseção do Dieese em nosso Sindicato, fala sobre os pontos que precisam ser mudados na Medida Provisória. Assista!

      
Sindicato envia carta às empresas
e reafirma importância de negociar
  

FEDERAÇÃO - A orientação é sempre buscar soluções por meio de acordos

Nesta semana, o Sindicato passou a enviar nova carta às empresas da nossa base. O documento, do dia 17, reforça a importância dos acordos gerados pela negociação coletiva e também disponibiliza nosso Jurídico para as tratativas necessárias.

A preservação dos postos de trabalho é a meta central da iniciativa. A carta reforça: “Esta entidade de classe, como de costume, está flexível para atender demandas e não medirá esforços para evitar demissões”.

O texto também informa que “cada diretor da entidade sindical também poderá ser consultado”. O presidente José Pereira dos Santos afirma: “Nossa diretoria sempre procura estar a par das condições de cada empresa e dos empregados locais. É importante que eles sejam procurados pelas empresas. Toda solicitação será avaliada”.

Nossa iniciativa é motivada pelas imposições da Medida Provisória 936, que concede facilidades ao capital, mas pode gerar prejuízos concretos aos trabalhadores. O objetivo do Sindicato é evitar perdas em direitos e na renda dos metalúrgicos.

Clique aqui e leia.

METAL

Comemoração dos 57 anos está suspensa, devido à pandemia


2019 - Evento na sede comemora os 56 anos

Nosso Sindicato completa 57 anos em 30 de abril. Por ocasião do aniversário, sempre realizamos evento na sede e prestamos homenagem a sócios antigos. Porém, devido à pandemia do coronavírus, não será possível realizar o evento. As atividades continuam suspensas por tempo indeterminado.

Nosso secretário-geral Pedro Pereira da Silva (Zóião) afirma. “Lamentamos não poder homenagear os sócios e entregar as medalhas. Mas esse isolamento vai passar e nós teremos oportunidade de prestar a justa homenagem aos companheiros e companheiras”.

Fundado em 30 de abril de 1963, o Sindicato é hoje uma das principais entidades metalúrgicas nacionais. São quase seis décadas de lutas e dedicação à categoria. Começamos na democracia, fomos atingidos pela ditadura, vivenciamos a redemocratização e hoje penamos sob um governo que só agride os trabalhadores.

METAL

Pereira grava homenagem à categoria no Dia do Metalúrgico


Em homenagem ao Dia do Metalúrgico, 21 de abril, nosso presidente Pereira gravou vídeo alusivo à data, que cai no feriado de Tiradentes - Joaquim José da Silva Xavier.

Pereira enaltece a categoria metalúrgica e chama todos à defesa da vida e dos direitos. Da vida, por causa da grave ameaça trazida pela pandemia do coronavírus, e defesa dos direitos porque eles são duramente atacados por governos, principalmente pelo atual. Assista aqui ao vídeo.

História - O alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi enforcado dia 21 de abril de 1792 e teve partes do corpo penduradas em postes na então Vila Rica (hoje, Ouro Preto), pra servir de terror à população. Durante o julgamento, assumiu a responsabilidade pelo levante contra Portugal e, frente ao carrasco, bradou: “Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria”.

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Nossa diretoria está à sua disposição!


- CABEÇA - Josinaldo José de Barros - 11 97246.3144
- PEPE - Josete Machado Filho - 11 97228.9034
- ALEX LIMA - 11 97163.6520
- FALA MANSA - Antonio Francisco da Silva 11 97228.9034
- ZÓIÃO - Pedro Pereira da Silva - 11 97199.9645
- CÉLIO - Ferreira Malta 11 97228.9034
- COMUNICAÇÃO - 11 99703.2284

JURÍDICO - Em caso de homologações ou problemas jurídicos, contate o advogado Marcílio Penachioni, responsável pelo Departamento. Ligue 9997.5761.

OUTROS - Os atendimentos presenciais no Sindicato continuam suspensos.

Mais informações - www.metalurgico.org.br