Mães na linha
de frente

As guerras são vencidas e contadas pelos homens. Assim tem sido há muito tempo, embora nem sempre seja a verdade real dos fatos.

Nas guerras convencionais, pouco se conta do trabalho das mulheres, estejam elas na linha de frente da luta ou estejam mobilizadas na retaguarda.

Estamos neste momento em meio a uma guerra. A linha de frente desse combate é ocupada pelos trabalhadores da saúde, especialmente os Servidores da rede pública. Entre esse contingente há um grande número de mulheres. Entre essas, muitas são mães.

Domingo foi o Dia das Mães. Quantas mulheres deixaram suas casas pra cumprir o duro dever profissional nas fileiras e nos plantões de saúde? Quantas já se contaminaram? Quantas já morreram? Como é a situação de uma mãe que retorna para o lar aflita ante a possibilidade de contaminar familiares?

Hoje em dia, e isso é bom, todo mundo homenageia os valentes trabalhadores da Saúde. Eu pergunto: esses trabalhadores vão de carro para seus empregos ou pegam ônibus, metrô, trens e lotações? Que riscos eles correm no deslocamento ida-e-volta ao trabalho? Não seria justo, então, que recebessem um adicional por esse risco extra?

Mas as mulheres não se destacam apenas quando atuam na linha de frente da saúde. Nas famílias, são elas que cuidam do bem-estar dos filhos, da agenda de vacinas, da marcação de consultas e de outras providências. Quando alguém adoece é sempre a mulher que acode, acompanha ou passa longas temporadas junto ao enfermo hospitalizado. Enfim, a mulher é a mais solidária e também a que carrega o maior peso e sofrimento.

Ao ensejo do Dia das Mães, gravei um vídeo de agradecimento às mulheres. Agradeci a todas as mães, lembrando o quanto me falta a minha mãe, que perdi justamente num Dia das Mães. Nosso Sindicato também publicou a coluna de sábado no Guarulhos Hoje em homenagem às mães, especialmente às trabalhadoras metalúrgicas.

Ainda que a data oficial tenha ocorrido no domingo, quero aqui registrar, nesta quarta-feira, a minha mais profunda homenagem a todas as mães, enaltecer o vigor, o carinho, o desprendimento e o amor materno, recomendando a todos os que têm a graça de poder conviver com suas mães que sejam sempre generosos, amorosos e agradecidos.

Àquelas cujas mães se encontrem idosas ou enfermas, peço paciência, carinho, resignação, oração e todos os esforços pelo seu bem-estar. Porque tudo o que você fizer, ainda que seja muito, sua mãe faria em dobro e ainda acharia que poderia fazer muito mais.

Fé - Sou católico, e nessa condição quero registrar que hoje, 13 de maio, reverenciamos Nossa Senhora de Fátima. Os católicos têm muita fé em Fátima e esperam muitas graças dessa admirável padroeira.

Diretor orienta sobre seguro-desemprego