Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
Telefone (11) 2463.5300 / E-mail sindicato@metalurgico.org.br

 


Mais médicos
mais Educação

O Brasil cresceu e se modernizou. Mas o País ainda paga um preço alto por não ter avançado, como deveria, num setor decisivo. Esse setor é a Educação.

A Educação, por todos os ângulos em que é mostrada, se revela problemática. Acabamos de ver, há menos de 15 dias, a greve de professores da rede estadual acabar em pancadaria, deixando para trás um acúmulo de problemas salariais e políticos.

No mesmo período, ganhou destaque na mídia e provocou fortes debates o programa do governo brasileiro de importação de médicos. Várias entidades médicas reagiram com veemência e o governo saiu a campo para expor suas razões.

É o caso típico em que ambos os lados têm razão. O governo está certo ao buscar profissionais para fazer o atendimento básico à população, especialmente nos locais mais afastados, onde a medicina privada não chega. E a classe médica tem razão ao tentar defender seu mercado de trabalho.

Mas há um problema por trás desse debate. É o velho problema da falta de uma política nacional de Educação, planejada, com metas. É também por causa disso que o País precisa importar um grande número de engenheiros e trazer técnicos especializados, geralmente ganhando salários mais altos do que os brasileiros.

Uma das boas tradições brasileiras é a de que somos uma Nação acolhedora. Aqui, vive um grande número de pessoas que saiu de suas terras para tentar a sorte em nosso País, constituindo famílias, criando empresas, ajudando o Brasil a avançar.

Em nome dessa tradição, e ante uma necessidade concreta, não vejo problema em importar médicos, engenheiros ou outros profissionais qualificados, que podem melhorar o atendimento à saúde de nossa gente e contribuir para o aumento da produtividade da nossa economia.

O problema está em não atacarmos, com firmeza, o atraso na Educação. O Brasil precisa formar mais e melhores profissionais, em amplos setores. Na Saúde, a situação é clamorosa e muitas vezes chega a ser chocante. Importar médicos pode resolver uma demanda urgente. Mas a situação só terá conserto se fizermos o que tantos países já fizeram, ou seja, garantir Educação de qualidade, para todos, e cursos de especialização onde o País tenha necessidades reais. 

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 22 de maio.

Voltar Topo Enviar a um amigo Imprimir Home
Receba nosso boletim: Nome Email