Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Saneamento básico

Um dos indicadores do atraso de um país é a falta de saneamento básico. São dois atrasos. Político: certos administradores acham que obra enterrada não dá votos. Sanitário: água contaminada e esgoto não-tratado geram doenças que levam sofrimento às pessoas, sobrecarregam hospitais e aumentam os gastos com saúde.

A Organização Mundial de Saúde, de seriedade insuspeita, informa que R$ 1,00 investido em saneamento gera economia de R$ 4,00 em saúde.

Mas não é só esse dado, importante, claro, que conta. Saneamento básico gera muitos empregos. Em 2011, o setor empregou 642 mil pessoas. Os projetos PAC I e PAC II destinam R$ 93 bilhões a obras, que, se saírem do papel, vão gerar muitos postos de trabalho.

O IBGE publica o Atlas do Saneamento. Os números são ruins para o Brasil. Veja: a rede de esgotos chega a apenas 48% da nossa população; e o esgoto tratado não passa de 38%.

Existe uma lei, de 2011, que determina aos Municípios traçar o Plano Anual de Saneamento Básico. Porém, dos mais de 5.700 municípios, só 30% conseguirão finalizar o plano ainda em 2013.

Guarulhos - No segundo turno das eleições, em 2008, firmamos uma carta de compromisso com o então candidato Sebastião Almeida. Os metalúrgicos listaram as reivindicações e entre mais as urgentes estava investir em saneamento. Na época, o tratamento de esgotos na cidade era zero.

E mais: o SAAE poluía o córrego que corta o Clube de Campo do Sindicato, utilizado por milhares de trabalhadores. Canos de dejetos eram direcionados para o Clube, contaminando o córrego e nos obrigando a gastar pesado pra limpar a água.

Justiça seja feita ao prefeito, que prometeu e cumpriu. Logo nos primeiros dias de mandato, determinou ao SAAE o fim do despejo no Clube. Em seguida, a Prefeitura começou a construir estações de tratamento. Agora, em entrevista ao Jornal Sindical, Almeida anuncia que este ano a cidade deve chegar à marca de 50% do esgoto tratado.

Estamos satisfeitos com esses 50%? Não. Mas o avanço foi rápido e concreto. Vamos continuar buscando 100% de saneamento.

Saneamento básico é também fator de equilíbrio ambiental, ajudando a despoluir mananciais, córregos e rios. É uma medida de forte impacto ecológico, mas não suficientemente defendida por certos ecologistas, mais preocupados com a poda da copa de algumas árvores.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 4 de dezembro.

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