Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Uma reunião estratégica

Este artigo é publicado no dia em que as Centrais Sindicais fazem a primeira reunião unitária de 2014. A reunião tem, basicamente, dois objetivos: reafirmar a unidade do movimento sindical e afinar a Pauta Trabalhista, a ser negociada com governo e Congresso Nacional.

O sindicalismo, ao longo das décadas, tem sido ativo e presente na vida nacional. Nos últimos anos, ganhou mais articulação, o que propiciou importantes avanços para os trabalhadores, no geral, e para as categorias profissionais.

Nossa Pauta Sindical é ampla, e legítima. Não quer dizer, porém, que será fácil vê-la atendida pelo governo e Congresso. O governo pouco negocia com os trabalhadores. E o Congresso sofre pressão do poder econômico.

Penso que, neste momento, devemos ter foco preciso. O primeiro ponto que entendo prioritário é a defesa do mecanismo que vem garantido aumento real para o salário mínimo. Esse mecanismo, negociado pelo sindicalismo com o então Presidente Lula, tem sido atacado por setores conservadores, contrários a aumentos reais de salário.

Entendo que é importante marcar também como ponto de unidade e mobilização a redução da jornada para 40 horas semanais. A última redução, legal, aconteceu há 25 anos, com a Constituição. Ocorre que, de lá para cá, o mundo mudou muito e as novas tecnologias transformaram os ambientes de trabalho. Hoje, é possível ser competitivo mesmo cumprindo jornada menor.

Um dos centros da luta sindical de 2013 foi o combate ao PL das terceirizações, pelo qual seu autor, o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), quer legalizar o capitalismo selvagem. O combate a esse projeto deve ser bandeira permanente também em 2014. Não vamos construir um País mais justo piorando as relações de trabalho.

Outra questão que o sindicalismo coloca em primeiro plano é o combate à rotatividade da mão de obra. O Brasil precisa respeitar a Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que depende do Congresso Nacional para ser oficialmente adotada. O volume de rotatividade prejudica a própria produtividade, indispensável ao crescimento continuado e ao sucesso da nossa economia.

Amplos setores da sociedade brasileira, incluído o sindicalismo, têm atuado pela elevação do nosso padrão político, crescimento continuado da economia, trabalho decente, distribuição de renda, conquistas cidadãs e melhoria dos serviços públicos. A reunião desta quarta da Força Sindical e demais Centrais deve ser vista como mais um gesto efetivo desse empenho.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 15 de janeiro

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