Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Olhar para a frente

O mundo vive crises cíclicas. A atual vem desde 2006, quando o sistema bancário norte-americano foi sacudido pela crise do subprime e só não quebrou porque o presidente Obama socorreu o setor com uma montanha de dólares.

Praticamente, todos os países passaram por turbulências. Uns mais, outros menos. O Brasil, felizmente, teve menos problemas, e avançou, sem sofrer os enormes custos sociais de Grécia, Itália, Espanha, Portugal, entre outros.

De lá para cá, ora mais, ora menos, nossa economia cresceu, os salários tiveram ganho real, o salário mínimo aumentou, o mercado interno ganhou musculatura, o crédito se expandiu e o Brasil gerou milhões de novos empregos. A par disso, foram implementados programas sociais inclusivos e ações de governo que aqueceram a economia – como os PAC, o Minha Casa, Minha Vida, o Mais Médicos, entre outros.

Vale registrar que, mesmo com problemas, o Brasil não adotou a política conservadora de atacar conquistas trabalhistas e cortar direitos sociais. Do ponto de vista institucional, não sofremos nenhum retrocesso. Também é louvável que, ao contrário do que os europeus acabam de mostrar, aqui não há crescimento efetivo da direita.

Mas nem tudo vai bem. O Brasil enfrenta o desafio da produtividade, prejudicada por décadas de ausência de investimentos na infraestrutura. Como bem mostra o próprio caso de Guarulhos, onde não chega metrô, não há transporte férreo e nosso aeroporto só agora ganha uma melhoria real, o chamado Terminal 3. Mas o Rodoanel Norte anda devagar e a ampliação do trevo de Bonsucesso extrapola prazos.

Os últimos dados do PIB mostram a economia quase parada, indicando a necessidade urgente de voltar a crescer. Quando essa situação ocorre, surgem geralmente duas propostas. A clássica, que é cortar gastos públicos, arrochar salários e desmontar programas sociais. E a proposta mais avançada, que é aprofundar as mudanças, democratizar o Estado, valorizar a participação popular, sem cortar direitos e conquistas.

Temos de crescer, distribuir renda e melhorar ainda mais a qualidade de vida do nosso povo, principalmente criando oportunidade aos jovens, às mulheres e aos negros, corrigindo ainda mais as injustiças sociais acumuladas. Mas o caminho está no futuro. Os modelos do passado foram todos derrotados pela vida real.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 4 de junho de 2014.

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