Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
Telefone (11) 2463.5300 / E-mail sindicato@metalurgico.org.br

 


Evitar a radicalização

Este é um ano político, eminentemente político. Terminada a Copa do Mundo, as disputas eleitorais irão para as ruas e ocuparão a mídia, com os candidatos procurando ganhar corações, mentes e votos.

Em certos setores, vejo um preocupante clima de radicalização. E o fato que mais expressa essa radicalização ocorreu na abertura da Copa do Mundo, com xingamentos e ofensas à presidente Dilma, vindos de parte do público que ocupava os assentos mais caros. 

Nesses momentos, me ocorre um ensinamento de Ulisses Guimarães. Ele recomendava: “Em política, não podemos ser tão amigos da pessoa a ponto de não poder brigar; e não tão inimigos a ponto de não poder reconciliar”. Por quê? Porque nunca se sabe como será o dia de amanhã.

Observe o atual cenário da corrida presidencial. Dilma foi presa política na ditadura; Aécio Neves é neto de Tancredo, que foi amigo de Getúlio e Jango, e oposição à ditadura; e Eduardo Campos teve como avô um cassado da ditadura, o pernambucano Miguel Arraes. Todos pertencem, por história e compromisso, ao campo democrático.

O Brasil é especial e nossa democracia merece elogios. Aqui, a direita raivosa não conseguiu viabilizar candidatura própria. Ao contrário do que ocorreu na Europa, onde a direita racista obteve sucesso eleitoral em vários países. E, também, ao contrário da Colômbia, onde o candidato de centro, que defende a pacificação nacional, quase perde para um extremista, que pregava a intolerância.

Nossa democracia pode e deve evoluir. Mas não será com ataques que avançaremos. Não podemos perder a chance de debater, pensar, ponderar e votar de forma consciente. A história recente nos ensina que, em nenhum momento, a radicalização trouxe ganhos coletivos.

Voto - Sempre que tenho oportunidade, chamo atenção para a importância do voto. Vejo setores da mídia, de forma maliciosa, insinuar que tanto faz votar ou não. Eu discordo. E afirmo: o voto é uma conquista cívica. É um instrumento para consolidar conquistas já obtidas pela Nação ou cobrar mais avanços. É direito do qual não se pode abrir mão.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 18 de junho de 2014.

Voltar Topo Enviar a um amigo Imprimir Home
Receba nosso boletim: Nome Email