Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Impacto do novo mínimo

Entre os muitos, e bons, trabalhos que produz, o Dieese costuma publicar, com regularidade, a chamada Nota Técnica. No geral, a Nota é um estudo detalhado sobre determinado assunto, ligado à economia ou diretamente ao sindicalismo.
 
A mais recente Nota Técnica (número 143-Janeiro de 2015) diz respeito ao salário mínimo. Nela, é analisado o impacto do novo mínimo, de R$ 788,00, na economia e também na vida de 46,8 milhões de brasileiros. O Piso dessas quase 50 milhões de pessoas aumentou 8,84% em 1º de janeiro.
 
Pra se ter ideia, basta dizer que o novo mínimo vai aportar R$ 38,4 bilhões na economia nacional. Só na arrecadação de impostos o volume será de R$ 20,7 bilhões. A repercussão é em todo o território nacional, com peso especial nas economias dos pequenos municípios.
 
Desde que criado por Getúlio Vargas, o salário mínimo vive numa gangorra, que sobe ou desce – governos conservadores tendem a arrochar o Piso. A notícia boa é que estamos numa fase ascendente. Desde 2002 (quando valia R$ 200,00) o salário mínimo sobe continuadamente. Ao chegar a R$ 788,00, acumula ganho real de 76,62% sobre o INPC.
 
O movimento sindical sempre defendeu um mínimo decente e luta para que sua valorização prossiga. O valor atual, de R$ 788,00, ainda é muito baixo, mesmo considerando-se, como informa o Dieese, que compra hoje o equivalente a 2,2 cestas básicas, representando o melhor desempenho na série histórica.
 
Por defender mínimo mais forte, em 2004 as Centrais Sindicais arrancaram junto ao presidente Lula o compromisso com a valorização. Três anos depois, conquistamos a lei de valorização até 2023. E, agora, estamos cuidando para que a área econômica do governo não venha querer fazer ajustes que arrochem o valor desse importante ganho dos brasileiros.
 
Muita gente que ganha acima dos R$ 788,00 tem sua renda referenciada no salário mínimo, explica o Dieese. Eu cito as categorias profissionais sem muito poder de pressão. Nesses setores, o Piso da categoria (ou salário normativo) muitas vezes é empurrado para cima por força do aumento do mínimo. Isso, no final das contas, ajuda a melhorar a massa salarial dos brasileiros.
 
Saúdo o Dieese pela publicação de mais uma importante Nota Técnica e reafirmo que o salário mínimo criado por Getúlio, duplicado por João Goulart e valorizado por Lula é uma conquista do povo brasileiro. O mínimo melhora a vida das pessoas e tem forte impacto no adensamento do nosso mercado interno, em todo o País.

O que precisa? Precisa continuar subindo, sem interrupções, até recompor seu valor real e verdadeiramente necessário.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com
Facebook: www.facebook.com/PereiraMetalurgico

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 14 de janeiro de 2015.

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