Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Trabalhadores defendem direitos, lutam
por emprego e mantêm greve na MTP

Com greve desde segunda e acampamento na empresa, os 770 trabalhadores das duas unidades da MTP (em Cumbica e Jardim São Roque) enfrentam calote no pagamento e ameaça de retirada de maquinário.

Agora, surge um problema ainda mais grave: a demissão, por telegrama enviado às casas de muitos companheiros.

O atraso, os seguidos calotes e a chegada dos telegramas instauraram um grave clima de revolta entre os trabalhadores nesta quarta (21). Corre entre os funcionários notícia de todos serão demitidos.

Motivos - A paralisação, iniciada dia 19, decorre da falta de pagamento salarial, suspensão do convênio médico, atraso na entrega do vale-transporte e fim do fornecimento de refeições. Além disso, o Fundo de Garantia não é recolhido há meses. A luta nas duas unidades da fábrica está sendo conduzida pelo Sindicato.

Justiça - Além do apoio à greve justa, o Sindicato vai recorrer à Justiça. Nosso advogado Marcílio Penachioni diz: “A empresa não pode tomar a atitude de demitir funcionários, ainda mais por telegrama. A Lei de Greve é clara e impede contratações ou demissões no curso das grevee. Demitir por telegrama é um desrespeito ainda maior para o trabalhador”.

Próximos passos - Dr. Marcílio informa: “O Sindicato ingressará com dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho, em caráter de urgência, para que a direção da MTP reveja as demissões”.

Nosso advogado acrescenta: “No dissídio, vamos pedir arresto de bens (maquinário), e também a nulidade da venda do imóvel (terreno da fábrica do Jardim São Roque), que ocorreu há cerca de dois anos, por acreditar que essa transação cheira a fraude. Lutaremos para que os direitos dos 770 funcionários sejam respeitados”.

Paralisação - Enquanto são tomadas as medidas jurídicas, os trabalhadores da MTP seguem com a paralisação. O diretor José Carlos de Oliveira (Chorão), que é funcionário da fábrica, afirma: “Estamos acampados na porta da empresa, inclusive à noite. Nosso objetivo é impedir que máquinas sejam retiradas e a MTP venha alegar não ter condições de quitar dívidas ou de oferecer bens para eventual arresto”.

Apoio - Nosso vice-presidente Josinaldo José de Barros (Cabeça) garante: “O Sindicato vai usar todos os recursos legais e legítimos. A empresa tem de cumprir seus compromissos e respeitar seus trabalhadores. O Brasil tem leis. O capitalismo-selvagem não vai prosperar”.


Diretores Cabeça, Chorão e Alex comandam mobilização, com apoio dos companheiros da MTP

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