Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
Telefone (11) 2463.5300 / E-mail sindicato@metalurgico.org.br

 

A Personagem do Mês - em nosso site - é uma mulher. Profissional com ampla formação, mãe orgulhosa de seu papel e cidadã com visão social e política progressista.

Nossa personagem é Rosy Rodrigues, advogada e psicóloga, fundadora e coordenadora do GAP - Grupo de Apoio a Desempregados (ou Programa Psicoprofissional de Apoio a Desempregados), que atua em parceria com o Sindicato desde 2002. De lá para cá, a entidade, que tem também apoio do Sesi, já atendeu mais de 40 mil pessoas.

Rosy ama o que faz e tem consciência dos reflexos sociais e profissionais do trabalho realizado pelo GAP. Ela diz: “Aqui, também acabo sendo mãe das pessoas que nos procuram, muitas delas com a vida desestruturada, fragilizadas e até com vontade de se matar”.
Para Rosy, o trabalho junto a desempregados deveria ser política de governos e do Estado.

Rosy participa do Voz do Trabalhador

Quem é Rosy Rodrigues?

Nasci em São José do Rio Preto, mas vivo em São Paulo desde os sete anos. Sou divorciada, mãe de uma filha casada.
Fiz o ensino básico em escolas públicas, cursei Direito na USP, com especialização e pós-graduação em Direito do Trabalho, na própria USP.

Minha primeira opção era jornalismo. No entanto, precisava continuar a estudar em escola pública e Direito, minha segunda opção, oferecia mais vagas na Fuvest. No final, essa “falta” de opção veio a se tornar um fator determinante para uma carreira que acabou me valendo muito.

Cursei Psicologia, de 2000 a 2005 na Universidade Paulista. Depois, fiz a formação de Personal e Executive Coach na Sociedade Brasileira de Coach e, no momento, curso especialização em Terapia Cognitiva Comportamental. 
 
Como veio atuar em nosso Sindicato?

Durante a faculdade, me interessei por Direito do Trabalho, passei a buscar oportunidades em Sindicatos, fui contratada pela Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, e, em seguida, passei a trabalhar no Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco (onde permaneço) e no Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, onde trabalhei de 1991 a 1993.

Por que fez Psicologia? E por que o interesse no trabalhador em situação de desemprego?

O público que sempre atendi como advogada trabalhista foi o dos desempregados em entidades sindicais. Daí, vem o meu interesse. Eu mesma quando fiquei desempregada, após a faculdade, passei por momento de desestruturação psicológica, dependendo do acolhimento dos amigos - bastou esse período para deixar marcas profundas e medos constantes dessa situação.

Como surgiu o Gap – aqui conhecido como Programa de Apoio Psicoprofissional a Desempregados?

Minha insatisfação com a morosidade da Justiça do Trabalho, o forte desemprego em 2002 - com filas enormes no entorno dos locais de recolocação - e o fato de estar cursando Psicologia me forjaram uma visão mais humanista do desempregado e vontade de adotar ações direcionadas à dignidade e cidadania.

Amigos de diversas áreas se sensibilizaram e criamos um projeto, hoje transformado em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Grupo de Apoio Psicoprofissional, que busca levar ao individuo reestruturação psicológica para o enfrentamento do desemprego e sua transformação em oportunidade de crescimento pessoal e profissional.

Curso do Psicoprofissional no auditório do Sindicato

Como o Gap veio para Guarulhos?

O diretor José Dilton Braga (Vanuza) conheceu as atividades desenvolvidas no Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e trouxe a proposta para Guarulhos em 2002. Avaliado pelo hoje licenciado presidente Pereira, passamos à implantação, com o apoio pleno da entidade.

Já atendemos mais de 40 mil pessoas. Nossas  pesquisas mostram que, passado um ano, 76% dos participantes se recolocaram no mercado de trabalho ou passaram a empreender.

Recentemente, lançamos o Livro “Desemprego: da crise à oportunidade de crescimento”, a fim de sintetizar essa experiência de 14 anos de atividades.

Entrega de certificado aos participantes do GAP

O que o Gap e a atuação como advogada do Sindicato lhe trouxeram como satisfação?

No atendimento como advogada trabalhista, a satisfação é restabelecer os direitos do trabalhador.

Poder atender os desempregados com enfoque psicológico, promover ações que aumentem o autoconhecimento, a segurança, a inclusão social, os conhecimentos e a reestruturação psicológica me trazem a certeza de estar contribuindo para a cidadania e a identidade dessas pessoas já durante as atividades. A satisfação é imediata, provocada pela gratidão na fala e nos olhos das pessoas.

Pretende continuar trabalhando até quando?

Não penso em parar! Especialmente na área da psicologia. 

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