Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Povo na rua
Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 21 de setembro de 2016.

Josinaldo José de Barros (Cabeça)
Presidente em exercício
do Sindicato dos Metalúrgicos
de Guarulhos e Região
www.facebook.com/josinaldo.cabeca.1
josinaldo@metalurgico.org.br

Território natural do povo, a rua é de onde parte a pressão popular capaz de promover mudanças políticas, econômicas e sociais, nos países e no mundo todo.

Hoje, as ruas têm sido ocupadas pelo “Fora Temer”. O movimento é legítimo, mas não basta. O enfrentamento a um governo ou a um projeto político conservador exige mais. Os protestos cívicos precisam agregar mais gente e ampliar o leque social presente nas manifestações.

Os governos conservadores de hoje (neoliberais, na verdade) não são apenas atrasados do ponto de vista político, cultural e moral. Esse tipo de governo forma uma nova casta, a serviço do capital internacional e de seu setor mais perverso, que é o capital financeiro especulativo. Trata-se, portanto, de um projeto que contraria os interesses nacionais.

O movimento sindical brasileiro é plural e não se subordina a uma orientação política específica. Basicamente, o sindicalismo se equilibra em três pilares: emprego, salário e condições de trabalho. Todo governo que ataque essa base enfrenta resistência trabalhista. É o que vai ocorrer dia 29, com o protesto nacional dos metalúrgicos.

Esse movimento decorre de um histórico encontro em São Paulo, dia 8, quando entidades metalúrgicas de todo o Brasil avaliaram a conjuntura e decidiram pelo ato de protesto. As entidades também publicaram um manifesto em que defendem os direitos, mas não deixam de cobrar juros mais baixos, estímulos ao setor produtivo e proteção à indústria nacional.

Não só metalúrgicos vão às ruas. Nesta quinta (22), as Centrais voltam à Avenida Paulista para cobrar emprego, crescimento e respeito a direitos de trabalhadores da ativa e aposentados. Na pauta unitária está, mais uma vez, o combate aos juros abusivos, expressos numa Selic de 14,25%, ou seja, a taxa real de juros mais alta do mundo.

Outros movimentos ocupam as ruas brasileiras, como os Sem-Terra, os Sem-Teto e mesmo entidades médicas e outras, que lutam pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), afetado por cortes orçamentários da União previstos na PEC 241.

Esses movimentos mostram o quê? Mostram uma forte energia social, civismo e disposição para, de um lado, combater injustiças governamentais e, de outro, buscar construir um País mais justo e equilibrado.

Os metalúrgicos estão, como sempre, na linha de frente das lutas sindicais e cívicas do povo brasileiro. Vamos fazer um grande protesto dia 29.
Ir às ruas, sim. Com pauta e foco, melhor ainda.

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