Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Os homens e as obras


Mais importante que o indivíduo é o seu trabalho, são suas realizações, são suas obras. A obra humana, além de beneficiar a própria pessoa, pode trazer ganhos gerais e coletivos. Daí o seu valor social.

Quero falar de dois líderes políticos. O primeiro é João Goulart, o Jango, cuja morte completou 40 anos dia 6. Jango foi o único presidente brasileiro a morrer no exílio, pois a ditadura o impedia de voltar à Pátria.

O que ficará da figura do grande líder trabalhista e nacionalista? Ficará a sua obra, ficarão os seus princípios, ficarão as suas realizações. Mas de um líder político ficam também as ideias e os projetos. De Jango, vamos nos lembrar sempre das Reformas de Base, que ele defendia e pelas quais foi derrubado do poder em 1964.

Se aquelas reformas - principalmente a agrária, a educacional e a tributária - tivessem sido implementadas, as gerações atuais estariam vivendo num País mais desenvolvido, mais equilibrado e mais justo.

Outra grande figura que se vai é Fidel Castro. A exemplo de Jango, Fidel era também de família rica, mas não se conformava em ver seu povo humilhado e o país na condição de colônia dos Estados Unidos. A principal luta do Comandante foi assegurar soberania a Cuba e propiciar condições de vida para os cubanos.

Mal ou bem, Cuba erradicou o analfabetismo, é o país com o menor índice de mortalidade infantil das Américas e conseguiu desenvolver um padrão para sua medicina que, em muitas especialidades, está à frente inclusive de países do Primeiro Mundo.

Passados 40 anos da morte de João Goulart, sua história está sendo reescrita e o que ela revela é um presidente popular, progressista, aliado do povo e, reconhecidamente, um homem público honesto.

Fidel, quando ainda jovem advogado - e após ter sido ferido e preso - fez sua própria defesa no Tribunal, onde pronunciou a seguinte frase: - Os senhores podem me condenar. Mas a história me absolverá.

A revolução cubana preencheu os sonhos de várias gerações. Como todo regime revolucionário, cometeu grandes acertos e erros. Mas Fidel, Che Guevara, Raul e tantos outros barbudos que desceram da Sierra Maestra para implantar um regime socialista nos trópicos deixaram uma obra.

O tempo dirá quem estava com a razão e a história os julgará. O importante é que, diante dos desafios, homens como Jango e Fidel tentaram concretizar seus projetos em prol dos seus povos, procuraram deixar uma obra coletiva e de valor social.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e secretário nacional de Formação Sindical da Força Sindical

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Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje do dia 7 de dezembro de 2016.

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