Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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O personagem deste mês não será um metalúrgico. Em razão do Sindicato aniversariar dia 30, vamos homenagear o presidente da República em cujo mandado foi concedida nossa Carta Sindical.

O Personagem do Mês é o presidente Jango, que foi derrubado do poder pelo golpe de 1964 porque queria fazer as reformas de base, melhorar a vida do povo e ampliar os direitos dos trabalhadores.

QUEM ERA - Gaúcho, de família rica, de oito irmãos, João Belchior Marques Goulart, o Jango, nasceu em 1º de março de 1918. Seu pai era fazendeiro e possuía na época fazendas que somavam 22 mil hectares. Sua origem rica, no entanto, jamais o impediu de ser homem simples, que gostava de conviver com os peões das fazendas e os demais trabalhadores.

POLÍTICA - Jango era progressista e, por isso, militou no PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), liderado por Getúlio Vargas. Por esse partido, ele foi deputado estadual e também federal, sempre com votações consagradoras.

Ao constatar seu grande talento político, Getúlio Vargas abriu espaços no PTB para o jovem Jango, que chegou a ministro do Trabalho no segundo governo Vargas, nos anos 50. Jango foi um ministro amigo dos trabalhadores. Ao verificar que o salário mínimo estava defasado, propôs a Getúlio aumento de 100%. A direita ficou histérica, mobilizou os militares conservadores, levando à saída do ministro. O ministro saiu, mas Getúlio dobrou o valor do mínimo.

VICE DE JK - Quando Juscelino Kubitschek foi eleito presidente, no ano de 1955, seu vice era o petebista João Goulart. Quatro anos depois, quando Jânio Quadros se elegeu presidente, seu vice eleito foi novamente Jango. Como se sabe, em agosto de 1961, Jânio renunciou à Presidência, gerando grave crise política.

A direita, os grandes empresários, as multinacionais e os militares conservadores tudo fizeram pra que Jango não assumisse. Mas ele, após um período em que o Brasil viveu no Parlamentarismo, conseguiu dar a volta por cima e assumiu a Presidência.

O governo Jango foi muito amigo dos trabalhadores. Deve-se a ele a legalização do 13º salário, entre outros direitos. Jango também tentou implantar a reforma agrária e outras reformas de base, mas isso gerou forte reação da direita, especialmente dos grandes fazendeiros.

Nosso presidente José Pereira dos Santos comenta: “As reformas de base teriam feito o Brasil dar um salto, saindo do subdesenvolvimento para um estágio muito superior. Infelizmente, a elite golpista não permitiu”.

Entre as reformas de base, estava também mudar a educação brasileira, garantindo-se acesso a todos, sem custo. Jango também valorizava os professores. Foi ele quem reconheceu a profissão em 15 de outubro de 1963.

EXÍLIO - Estar ao lado do povo custou caro a Jango, que teve de se exilar com a família. Ele se fixou no Uruguai, onde trabalhava na terra, cuidando de gado ou com plantações de arroz. Jango queria voltar ao Brasil, mas a ditadura impedia.

Cansado, saudoso de sua terra, perseguido no exílio e com problemas cardíacos, Jango morreu em 6 de dezembro de 1976, sendo sepultado em São Borja (RS), sua terra natal. A ditadura armou forte aparato no enterro e impediu até um minuto de silêncio num jogo do Inter, onde Jango havia sido zagueiro na juventude.

Ao falecer em 6 de dezembro de 1976 na Argentina – para onde havia se mudado – João Goulart foi o único presidente brasileiro a morrer no exílio.

HOMENAGEM - O auditório do nosso Sindicato recebeu o nome de Presidente João Goulart. A homenagem se deu dia 30 de abril de 2014, na presença de João Vicente Goulart, filho do saudoso presidente trabalhista, nacionalista e amigo do povo.

Viva Jango! Seu exemplo ilumina nossas ações e nossas lutas!


Presidente Pereira com João Vicente, filho de Jango, inauguram auditório em homenagem ao presidente João Goulart

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