Voto de confiança na formação

No recente Congresso Nacional da Força Sindical, apresentei o relatório de atividades da Secretaria Nacional de Formação, que vai de 2013 a 2016. Também tive a alegria de receber os votos dos congressistas e ser reeleito coordenador dessa importante Secretaria da nossa Central.

Entre 2013 e 2016, realizamos 33 Cursos de Formação de Lideranças, em todas as regiões brasileiras. Cada módulo de curso, vale registrar, é sempre acompanhado de avaliação, com o objetivo de buscarmos o aprimoramento. Basicamente, o conteúdo tem seis eixos: Revolução Industrial, Papel dos Sindicatos e Lideranças, Cidadania, Política Partidária, Negociação Coletiva e Oratória.

Como formação é um processo dinâmico, julgamos importante ouvir a avaliação dos participantes, porque isso ajuda no aprimoramento. Em cada módulo, levantamos também informações sobre escolaridade, igualdade, profissão etc. Registro e valorizo a participação constante de técnicos do Dieese e do Diap, bem como da Plenavox na parte de oratória. Essa soma de conhecimentos e de esforços colabora na qualidade final da formação.

No relatório levado ao 8º Congresso Nacional, relatamos também o 1º Curso de Formação em Havana (Cuba), com a Central local, a CTC, ressaltando a importância da troca de conhecimentos e vivências. Ao ensejo, parabenizo a direção da Força por essa abertura, que nos permite conviver com experiências sindicais diferentes do nosso cotidiano em um país continental como o Brasil, onde vigora a economia de mercado.

Os que me conhecem melhor sabem o quanto prezo o conhecimento. Sempre relembro que cheguei analfabeto a Guarulhos e que escolhia o ônibus pela cor. Aqui, fiz o Mobral e me formei no Senai. No Sindicato, ajudei a constituir nossa escola de qualificação profissional. O homem que se educa tem mais liberdade para escolher e crescer, enquanto profissional e cidadão.

A qualificação política do dirigente é outra vertente da educação, mas tão importante quanto a formação básica escolar. Na medida em que a pessoa se forma, ela abre seus horizontes, desenvolve capacidade crítica e fortalece seu poder de atuação no ambiente sindical, social e político. Por isso, sempre digo que a formação tem um forte objetivo coletivo, pois beneficia o indivíduo e também contempla a sociedade.

A Força Sindical é uma entidade plural, onde diversos pontos de vista políticos convivem num ambiente saudável e democrático. A Secretaria Nacional de Formação reflete a postura ampla da Central. Quem ganha com essa postura são os dirigentes e suas entidades de classe.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e secretário nacional de Formação Sindical da Força Sindical
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Facebook: www.facebook.com/PereiraMetalurgico
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com.br

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje do dia 21 de junho de 2017.