21/6/2017 - quarta-feira
Pressão sindical endurece jogo
na votação do desmonte trabalhista
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitou terça (20), por 10 votos a 9, o relatório da reforma trabalhista elaborado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que reproduzia o texto aprovado pela Câmara.
O texto tinha sido aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). No dia 13, o parecer favorável à aprovação foi lido na CAS. Ferraço rejeitou todas as emendas ao texto, mantendo o teor do projeto aprovado na CAE.
Bancada contra reforma comemora rejeição do relatório
Diap - Para Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, a derrota governista significa “uma injeção de ânimo no movimento sindical, que estava um pouco desanimado frente à perspectiva de placar adverso na Comissão de Assuntos Sociais”. “Essa reviravolta mostra que os senadores estão atentos ao desgaste do governo, principalmente devido à aproximação do período eleitoral”, avalia.
Toninho diz que a vitória reforçará a mobilização sindical nas bases e também as lutas unitárias. O presidente do nosso Sindicato, José Pereira dos Santos, concorda: “As grandes manifestações que fizemos, como a greve geral e o Ocupa Brasília, foram decisivas para sensibilizar os Senadores. Agora, temos que manter a pressão e avançar mais”, afirma.
CCJ - Após a derrota na CAS, a reforma começou a ser analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, última etapa antes de seguir para o plenário. Nesta quarta (21), o relator na comissão, Romero Jucá (PMDB-RR), leu seu relatório favorável à aprovação da proposta e também manteve o texto do projeto aprovado na Câmara.
No entanto, após um longo e acalorado debate com senadores de oposição, Jucá foi derrotado na intenção de fazer hoje a leitura dos votos em separado, para acelerar a votação da matéria na semana que vem. Também ficou definido que haverá duas audiências públicas sobre o tema na próxima terça (27), com seis convidados em cada uma.
Votação - Na quarta (28), o relatório será votado. Antes, porém, haverá a leitura dos votos em separado da oposição e também o do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), contrário ao projeto. A reforma trabalhista pode ser votada no plenário entre os dias 4 e 5 de julho.
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Mais informações: www.diap.org.br e www12.senado.leg.br