Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 20/2/2018 - terça-feira

Trabalhador sofre desconto abusivo
porque Temer congela tabela do IR

Nota Técnica elaborada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que a tabela do Imposto de Renda, com desconto na fonte dos assalariados brasileiros, precisa ser reajustada.

O estudo mostra que, entre 1996 e 2017, a tabela de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física, segundo o IPCA-IBGE, acumula defasagem de 88,5%.

Com o título “Imposto de renda pessoa física: propostas para uma tributação mais justa”, a Nota aponta que se os salários são reajustados pela inflação corrente e a tabela de incidência do imposto não, os rendimentos dos trabalhadores são corroídos em termos reais.

O economista Rodolfo Viana, que responde pela subseção do Dieese no Sindicato, destaca: “A carga tributária é mais forte com os impostos indiretos do que os diretos. A cobrança de impostos acaba incidindo mais no consumo, como de alimentos e roupas, por exemplo, e, como consequência, quem ganha menos sofre um impacto maior da tributação”.

Congelamento - Rodolfo explica que a tabela do Imposto de Renda está congelada desde o ano calendário de 2015 (referente a 2016).

Ele comenta: “Essa situação influi diretamente nos reajustes alcançados durante o ano nas campanhas salariais. O que é conseguido de aumento é engolido pela falta de correção das alíquotas pela inflação passada. Exemplifico: quem ganha até R$ 1.903,98 está isento. Quem ganha acima disso, o que é a maioria dos brasileiros, já passa a ser tributado”.

Para o economista, se a tabela do IR tivesse sido corrigida, segundo o IPCA-IBGE, isso elevaria os rendimentos do trabalhador. Rodolfo afirma: “Com a tabela corrigida, quem ganha hoje em dia até R$ 3.589,00 estaria isento. Atualmente, quem recebe dois salários mínimos, já entrega dinheiro ao governo. Se o trabalhador fosse respeitado, não haveria desconto de quem ganha 3,7 salários mínimos. Com a correção, há justiça para a sociedade”.


Rodolfo Viana é economista da subseção do Dieese em nosso Sindicato

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