Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 25/4/2018 - quarta-feira


O desenvolvimento que precisamos!

Sexta (27), reuniremos no Colégio Eniac, Guarulhos, dirigentes sindicais, movimentos religiosos, líderes empresariais e poder público com dois objetivos. Primeiro: começar a traçar um plano de ação da sociedade em prol do desenvolvimento local. Segundo: articular as forças da sociedade em torno da ideia do crescimento, emprego, renda e da inclusão social.

Um dos palestrantes será Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese. O Dieese é o departamento criado pelo sindicalismo, há mais de seis décadas, para assessorar nas campanhas salariais e nos orientar no campo econômico. O Dieese tem uma posição progressista, de confronto com o modelo neoliberal.

Nesta semana, o Dieese publicou estudo onde aponta o crônico problema da falta de crédito. O levantamento mostra que - comparado a janeiro de 2014 - houve redução real de 11,3% no crédito, "principalmente devido à redução dos financiamentos para as empresas". Ou seja, queda para o setor produtivo, ajudando a travar a economia.

De 2008 e 2013, o crédito se expandiu 105%, aumentando 104% para pessoas físicas e 105% às jurídicas. Explica o Dieese: “Em função da determinação do governo federal, em 2008, de utilizar os bancos públicos para elevar crédito e aquecer o mercado interno, gerando expansão da produção, do emprego e da renda”. Mas isso mudou. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, reduziu drasticamente a concessão de empréstimos.

Em 2014, o desemprego era de 6,8%, subindo pra 12,7% em 2017, com 6,5 milhões de desempregados a mais. Ou seja, a alta no desemprego e a queda da renda do trabalhador, junto com inflação alta em 2015 e 2016, reduziram o consumo das famílias e a procura por empréstimos. Mas os lucros bancários não pararam de crescer: em 2017, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Santander lucraram R$ 77 bi (33,5% sobre 2016). Apenas com a receita de serviços e tarifas, aumentaram em 10% seus ganhos sobre 2016. Ou seja, o desemprego sobe, o crédito encolhe o setor produtivo se descapitaliza e o País empobrece. Só quem ganha, cada vez mais, é o setor financeiro, que nada produz.

A economia não é um mundo abstrato. Ela é concreta. Seus acertos ou erros influem na vida das pessoas. A Fundação Abrinq acaba de publicar um estudo chocante: mais de 40% dos brasileiros de até 14 anos vivem na pobreza - isso dá 17,3 milhões de jovens. A pobreza extrema alcança 5,8 milhões de crianças e jovens. Em Guarulhos, os problemas também são gigantescos e as políticas públicas têm mostrado pouca eficiência em seu combate. Há, portanto, de mudar esse quadro. E as forças vivas da sociedade é que podem indicar caminhos. É o que buscaremos fazer sexta, dia 27.

Você está convidado, a partir das 9 da manhã.

José Pereira dos Santos - Presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e Secretário nacional de Formação
da Força Sindical
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
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