• 2/7/2018 - segunda-feira
Campanhas salariais do 2º semestre: unificar para fortalecer!
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Que o Brasil atravessa uma crise econômica extremamente rigorosa ninguém tem dúvidas. Que o crédito está caríssimo para o consumidor comum, que o dólar – em detrimento do real – está supervalorizado e que o desemprego está altíssimo – são cerca de treze milhões de desempregados no País – não é segredo para ninguém. E que os patrões, calcados na “desculpa esfarrapada” da recessão econômica, vão endurecer nas negociações salariais do segundo semestre, assim como o fizeram nas do primeiro, é público e notório.
O que também sabemos é que a crise afeta a todos, sem exceção, não importa se empresários ou trabalhadores. Mas o que não podemos aceitar é que sejam sempre os trabalhadores e trabalhadoras a arcar com todo o ônus de uma crise que nem de longe foi por eles provocada. Os frequentes equívocos na condução da economia do País são os verdadeiros vilões pelo que está aí. E disto também ninguém duvida!
Cientes das dificuldades que vamos enfrentar, decidimos, como forma de fortalecer nossa luta e as próprias negociações das campanhas salariais, unificar os movimentos reivindicatórios com todas as categorias e partir, mais fortalecidos, para a mesa de negociações. Categorias como metalúrgicos, da alimentação, químicos, têxteis, costureiras, rurais, comerciários, hoteleiros e trabalhadores em edifícios, entre outras, têm data base neste semestre.
E o patronal, demonstrando todo o seu radicalismo quando tem de “botar a mão no bolso”, costuma apresentar propostas de reajustes que não reajustam nada. Pelo contrário, normalmente eles propõem reajustar abaixo da inflação, com nada de aumento real, e ainda insistem em retirar direitos históricos das Convenções Coletivas.
Conceder aumento real sobre os salários ajuda a reaquecer e a manter aquecido o mercado interno, permite que o consumo das famílias seja preservado, fomenta a produção e o consumo, e contribui para a manutenção/geração de postos de trabalho formais.
A nossa luta e o fortalecimento do conjunto dos trabalhadores, desta forma, representa ultrapassar o limite das fábricas. Ela busca o crescimento e o desenvolvimento econômico e social brasileiro, com emprego decente, bons salários, educação, saúde, transparência, justiça e igualdade social. Este é o Brasil que almejamos, e é por ele que não paramos de lutar!