Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 21/11/2018 - quarta-feira

Nossa campanha salarial avança

Estamos em plena campanha salarial. Somos, em todo o Estado, cerca de 650 mil metalúrgicos. Éramos bem mais. Porém, a recessão prolongada provocou milhares de demissões e também elevou a rotatividade, que é utilizada pelas empresas para dispensar quem ganha mais e contratar profissionais com salários menores.

Nossa negociação acontece quando faz exatamente um ano de vigência da nova lei trabalhista, que é lesiva aos trabalhadores. A lei, da forma como foi concebida por Temer e o Congresso aprovou, ameaça até direitos antigos, consagrados há décadas nas Convenções Coletivas de Trabalho.

Assim sendo, a orientação da nossa Federação e do comando da campanha foi para que fizéssemos um esforço máximo de preservar os direitos e garantias das Convenções Coletivas. No ano passado, o impacto da nova lei rebaixou o padrão de reajuste salarial da categoria. Mas, felizmente, conseguimos, pela negociação, preservar as Convenções.

Neste ano, já firmamos acordos que cobrem cerca de 50% da nossa base. O saldo até agora é melhor que no ano passado. Conseguimos reajuste acima da inflação (INPC) e asseguramos nos grupos com quem assinamos acordo pagamento de abono da ordem de 10% do salário, em duas parcelas.

Nos próximos dias, podemos assinar acordo coletivo com mais dois ou três grupos patronais. Caso isso de fato ocorra, conseguiremos alcançar aproximadamente 75% da categoria – com reajuste acima da inflação, pagamento de abono salarial e preservação dos direitos das Convenções Coletivas de Trabalho.

Lamento que certos setores patronais - minoritários, é verdade - não queiram se sentar à mesa de negociações. Isso nos obriga a mobilizar fábrica por fábrica, promovendo paralisações, se necessário. Na base metalúrgica de Guarulhos, Arujá, Mairiporã (Terra Preta) e Santa Isabel, a pressão em busca do acordo para todos começa de pronto. Vamos, com a força da mobilização, furar o bloqueio do patronato atrasado.

Em nosso País, o salário é um dos motores da economia. Portanto, a conquista de ganhos salariais fortalece o mercado interno e faz girar a roda da economia. Basta dizer que a Alemanha - país mais desenvolvido da Europa e com índices sociais invejáveis - é quem possui a melhor estrutura salarial do mundo. Esse fato por si só explicita a importância da massa salarial numa economia civilizada.

Sempre ressalto o papel construtivo do sindicalismo na busca de uma ordem econômica e social mais justa. Os salários e os direitos ajudam a alcançar a necessária paz social e a manter com um mínimo de equilíbrio as relações entre capital e trabalho. Isso pode parecer pouco. Mas é muito, especialmente num País tão desigual e conturbado como o nosso.

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José Pereira dos Santos - Presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e secretário nacional de Formação da Força Sindical
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Facebook: 
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Blog: 
www.pereirametalurgico.blogspot.com.

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