1°/4/2020 - quarta-feira
Economista do Dieese critica valor e prazo
de medida anunciada pelo governo
O governo federal anunciou na última sexta (27) linha de crédito emergencial para pequenas e médias empresas. Seriam R$ 40 bilhões como benefício para financiamento dos salários dos trabalhadores.
Pelo que foi anunciado, as empresas terão carência de seis meses pra quitar o valor destinado. Vale lembrar que o benefício atende empresas que faturam até R$ 10 bilhões por ano; além disso, o empresário poderá subsidiar até dois salários mínimos por trabalhador. Ou seja, no caso de um funcionário que ganha, por exemplo, R$ 5 mil, vai ficar a critério do empregador complementar o valor acima de dois mínimos.
Rodolfo Viana, economista responsável pela subseção do Dieese em nosso Sindicato, critica, em vídeo, valor e prazo de carência. Ele diz: “É correto que venha essa medida. Muitos países já adotaram, porém, no Brasil ela é extremamente insuficiente. Será necessário modificá-la”.
O economista explica que na categoria metalúrgica 61% dos trabalhadores recebem até três salários mínimos. Ele diz: “O limite colocado pelo governo é pequeno e o prazo de dois meses é curto para o tamanho do problema que estamos enfrentando”. Esses 61% representam cerca de 25 mil metalúrgicos.
Orientação - Para Rodolfo Viana, a saída é o governo aumentar o prazo para pelo menos quatro meses de financiamento. E a carência, ao invés de seis meses, subir pra um ano. Ele completa: “Também deve ser garantida na medida governamental a estabilidade do emprego do trabalhador por um prazo igual ao financiamento da folha. Isso é fundamental”.
Pressionar - O economista orienta que o sindicalismo pressione deputados e senadores a modificar a medida e aumentar o valor do benefício e também o prazo de carência.
Assista - Clique aqui e assista ao vídeo.
Rodolfo Viana é o economista responsável pela subseção do Dieese no Sindicato