O reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2 foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica nesta terça (29). Essa cobrança adicional deve ser aplicada nas contas de luz em todo o País entre julho e novembro.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o Brasil vive um momento de crise hídrica e isso aumenta o custo na produção de energia. Outras bandeiras também tiveram reajuste.

O valor da bandeira vermelha 2 era de R$ 6,24 pra cada 100 kWh consumido. Sobe pra R$ 9,49 - ou seja, aumenta 52%. 

Dieese - Para Rodolfo Viana, economista responsável pela subseção do Dieese em nosso Sindicato, haverá impacto pro trabalhador. "Quando chegar a conta, o consumidor vai sentir no bolso. E também pode ser afetado indiretamente, pois as empresas certamente repassarão o aumento para o preço de seus produtos", ele alerta.

Na visão do economista, as empresas tentarão medidas pra reduzir o consumo de energia. "De maneira geral, elas têm sofrido aumento de matéria prima, o que eleva seus custos na produção. Penso que ficará cada vez mais difícil segurar e não repassar esse aumento ao consumidor", explica.

Inflação - Além de pesar na conta de luz, a medida do governo terá reflexo nos índices inflacionários. "A inflação já se acelera desde o ano passado, inclusive dificultando a recomposição salarial do trabalhador. Esse aumento na tarifa deve pressionar o índice de inflação", prevê Rodolfo Viana.