• 4/8/2021 - quarta-feira
MEDALHAS E LIVROS
As medalhas de ouro e prata conquistadas pela ginasta Rebeca Andrade orgulham a todos os brasileiros.
Também nos orgulha o fato dela ser guarulhense, ter forjado seu talento no ginásio Bonifácio Cardoso e ainda pelo exemplo de superação por ser uma garota negra e humilde.
Isso mostra que o esporte é uma fonte de oportunidades para o atleta se sobressair e fazer carreira. Também são de origem modesta o surfista Ítalo Ferreira e a encantadora skatista Rayssa Leal.
Outros atletas de origem social humilde ainda poderão brilhar em Tóquio, como os boxeadores. Um dos exemplos mais notórios dessa condição é Arcelino Popó, o campeão que dormia no chão do quarto que dividia com a família em Salvador.
Na segunda (2), o Brasil ocupava a 18ª posição no ranking de medalhas. Não é uma situação confortável a um País que está entre as 10 economias do mundo, tem clima favorável a quase todo tipo de esporte, possui dimensão continental e nossa população já é a sexta do planeta.
Saudamos os atletas e as comissões técnicas. Mas devemos chamar a atenção das autoridades. Falta uma política efetiva de valorização do esporte. Como não temos um plano nacional de desenvolvimento, essa omissão também afeta o campo esportivo, onde se sobressaem as modalidades com patrocínio privado e marketing.
Mas quem quiser entender a situação brasileira não precisa ir longe. Basta olhar pra Guarulhos e nossos ginásios, como o Thomeuzão e o João do Pulo. O próprio Bonifácio Cardoso, que propiciou a formação de Rebeca, funciona em condições precárias.
Um dos nossos compromissos com a categoria metalúrgica e toda a sociedade é o lazer e bem-estar. Por isso, também investimos em esportes. Exemplo disso é o nosso complexo esportivo no Clube de Campo (Parque Primavera), com campo em medidas oficiais e um dos ginásios mais modernos do Brasil, com ampla estrutura e acomodação pra quase 5 mil pessoas.
Dizia Monteiro Lobato que um país se faz com homens e livros. Mas um país se faz com muitos outros fatores, entre eles o fator esportivo. Até porque quando o atleta se apresenta, ele carrega consigo a cultura e a identidade da Nação.
Portanto, não basta a TV exibir imagens emocionantes, porque no dia seguinte a vida segue. O Brasil já foi pentacampeão no futebol e bicampeão no basquete. Já tivemos Éder Jofre, Ayrton Senna, Oscar Schmidt e tantos outros. Mas o que nos falta é uma política que eleve o padrão esportivo nacional, revele talentos, conquiste prêmios, movimente dinheiro e gere empregos.
Parabéns, Rebeca. Parabéns, esportistas do Brasil.
PAT - O relator da reforma tributária garante que vai retirar do texto a emenda que praticamente acaba com o Programa de Alimentação do Trabalhador. Vamos ficar atentos, porque cochilou, o cachimbo cai.
Josinaldo José de Barros (Cabeça), presidente - Diretoria Metalúrgicos em Ação.
E-mail: josinaldo@metalurgico.org.br
Facebook: www.facebook.com/josinaldo.cabeca.1