Reginaldo Sena é velho conhecido do sindicalismo. Ele já foi dirigente Químico e hoje preside o Sindicato patronal Sincomércio. Também é consultor sindical, advogado, leitor assíduo e escritor de dois livros, rumando para um terceiro. Em live dia 19, ele falou sobre a sua segunda obra: “Medo - A Vida Diante de Tantas Incertezas, Como Encarar?”.

Mudar e encarar desafios é marca da vida desse baiano, que saiu de sua cidade no Interior e veio tentar a vida na cidade grande.

Ele conta como começou a ter hábito pela leitura e evoluiu para a vontade de escrever. Reginaldo diz: “Comecei a ler um livro por ano. Depois um por mês, um por quinzena, e agora leio dois livros por semana. Quando você lê, um campo se abre. Quanto mais eu leio, mais vontade tenho de ser eu”.

Sobre o hábito de escrever, ele comenta: “Senti a necessidade de deixar um legado, por isso comecei a escrever e agora estou indo pro terceiro livro”. 

Reginaldo falou sobre o “Medo”, tema central da sua atual publicação. Trechos principais abaixo:

Início - Sou da Bahia. Meu pai é de família rica. Mas não vivi com meu pai. Não tive acesso à riqueza. Ele tinha outra família. Sofri muito preconceito. Em 1983, vim pra São Paulo com a minha mãe. Cheguei com esperança no coração, vontade de vencer. Venci e estou aqui. 

Sindicalismo - Em 1985 fui ao Sindicato dos Químicos fazer reclamação em nome dos colegas de uma empresa que não cumpria Piso Salarial. Eu era jovem. Cheguei lá e começava o processo eleitoral. O então presidente João Pedro me chamou pra chapa, por eu ser comunicativo. 

Entrei pro Sindicato e cinco meses depois fui demitido da empresa, alegando justa causa. Essa origem norteia minha vida de hoje. Fiquei no Sindicato e três anos depois, subi pra executiva como secretário geral. Em 1996 me formei em Direito. 

Livros - Sinto necessidade de deixar um legado. Leio muito, sempre. Quando você lê, um campo se abre. Quanto mais eu leio, mais vontade eu tenho de ser eu. Quem lê muito adquire conhecimento pra escrever. 

Medo - É a vida que te leva ou você que leva a vida? Quando a vida te leva, você está no emprego que não gosta, acha que não é capaz. Quando se está em um relacionamento tóxico e não tem coragem de sair. Quando vive ruim e não rompe a situação. 

Quando você leva a vida, e está num emprego que você não gosta, luta por emprego melhor. Quando está em um relacionamento ruim, luta pra melhorar ou sai. A zona de conforto é o medo. As pessoas têm medo e resolvem não encarar a vida de frente. 

Há pessoas com medo de si mesmas. Quando acontece isso, joga a culpa nos outros. É fuga de não encarar a realidade. 

Sindicalismo - Meu primeiro livro fala sobre como negociar, se comunicação, outras formas de fazer sindicalismo. Defendo a participação dos Sindicatos na vida política. Dou exemplos concretos. 

Bolsonaro - Pra esse aí, teremos que escrever um livro. Esses dois não servem. Esses são pra gente como a gente que ama gente. Esse homem não ama as pessoas. Ele precisa de um livro de aconselhamento. 

Política - Penso todos os dias na questão. Venho do movimento sindical. Isso me provoca. O que eu faço é de coração. 

Ações - Várias entidades vão entregar ofício ao prefeito. Criamos um comitê pra ajudar empresas que tiverem dificuldades junto ao poder público. Chama-se Regularize Guarulhos. Esse movimento nasce pra dizer pro empresário procurar a gente. Nós vamos ao poder público pra tirar burocracia - Acesse regularizeguarulhos.com.br.

Relação - Temos bom relacionamento com os Sindicatos de trabalhadores. Procuramos trabalhar em conjunto.

Pandemia – Precisa-se admitir que ela existe. Temos que tomar cuidados. Tomar vacina, usar máscara. Pandemias são reais. Não acabou. Precisamos parar de achar que é inofensiva. Pode ser comprado no site trabalhodecente.com.br