Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 17/12/2021 - sexta-feira


Miguel Eduardo Torres
Ele adora gente, cachorros e um bom desafio sindical



Nosso Sindicato tem sólidas ligações com o Sindicato co-irmão de São Paulo. Aliás, até 30 de abril de 1963, éramos base da Capital. Deixamos de ser base quando nosso Sindicato foi criado, naquele ano. O desmembramento da base, no entanto, nunca nos afastou. Ao contrário: somos amigos fraternos.

Essa amizade nos une também aos presidentes do Sindicato co-irmão, atualmente comandado por Miguel Eduardo Torres.

Ele trabalha desde os 14 anos. Começou como Office boy e já passou por diversas metalúrgicas, como Eberhardt, Honda e Coimbra. Todas em SP. Aos 63 anos, o corintiano Miguel preside o maior Sindicato metalúrgico do Brasil e também a segunda maior Central, a Força Sindical. 

Casado e pai de três filhas, Miguel é um homem extremamente dedicado à família. Ele também gosta de animais e tem 10 cachorros em sua casa.

Conheça mais esse brasileiro otimista, que acorda de madrugada todo dia e não tem hora pra parar. Aliás, seu otimismo se expressa na palavra de ordem: - A luta faz a lei!  

Depois de substituir Paulo Pereira da Silva, por um longo período, à frente da Central, Miguel Torres assumiu o cargo oficialmente dia 9 de dezembro, em eleição com a presença do ex-presidente Lula.


Miguel coordena lutas de classe da Força Sindical há muitos anos

Começo - Miguel Torres é metalúrgico de carteirinha. Seu segundo registro profissional foi na fábrica de parafusos Eberhardt - na década de 1970, época em que ele começou a militar no sindicalismo. “Naquela época surgiram os movimentos sindicais mais pesados. Eu trabalhava na metalúrgica Anfitech. Aí, num certo momento, os patrões queriam fazer compensação de horas, mas muitos trabalhadores não aprovaram. Então me mandaram embora”. 

Sindicato - Miguel procurou o Sindicato de São Paulo. Ele conta: “Antes da eleição de 1983, fiquei lá  ajudando em qualquer tarefa. Fui registrado auxiliar de organização. É uma espécie de assessor”. Miguel ficou na função até 1987, quando teve um racha na diretoria. Ele voltou a trabalhar em metalúrgica, numa fábrica de eletrônicos. 

Volta - Em 1996, foi convidado a integrar uma nova chapa do Sindicato, a chapa do Paulinho. “Eu era o último suplente. Aceitei, cresci, cheguei ao cargo de secretário-geral e à vice-presidência”, conta. 

Em 2008, Miguel foi eleito presidente. Da trajetória de diretor de base à presidência, ele testemunhou o crescimento do Sindicato, com ampliação de direitos, redução de jornada de trabalho e outros ganhos. 

“Tem muitos pontos marcantes desses anos, como a Marcha a Brasília, quando andamos 30 dias pela recuperação das perdas do Fundo de Garantia. Participei de grandes ações sociais, como a contra a fome na Bahia. Sempre me dediquei ao 1º de Maio, entre outras ações importantes”. 


Miguel também é presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Força Sindical - A Central foi criada em 1991. Para Miguel, seu crescimento nos Metalúrgicos caminhou junto com sua atuação na Força. “Já entrei na diretoria executiva. Fui secretário-geral e durante anos substitui o presidente licenciado, Paulinho da Força”, recorda.

Miguel fala da sua expectativa na presidência da segunda maior Central nacional. “O trabalho sério vai continuar. E agora com mais responsabilidade ainda. Vou procurar mais as bases sindicais. Dialogar e trocar ideais com os filiados. O objetivo é engajar a base pra tirar o atual governo e ter uma representação forte no Congresso Nacional”.

Política - Miguel, à frente da Força, atuará pra que sejam eleitos representantes dos trabalhadores na Câmara e Senado. “Precisamos organizar a classe trabalhadora, unir as entidades, fortalecer o movimento, ajudar os candidatos e derrotar esse desgoverno”.  Ele critica Bolsonaro: “Desmontou tudo. É contra tudo. Ataca a classe trabalhadora. Não ouve a população. Comete erros atrás de erros. É contra a saúde, a ciência e o País. Não dá mais”. 

Atuação - O líder metalúrgico elogia a postura do sindicalismo frente aos abusos do governo e de setores patronais. “Apesar de todos os ataques, não paramos de lutar. Não arredamos os pés das portas de fábrica. Protegemos o emprego, combatemos o desmonte do SUS, lutamos pelo Auxílio Emergencial justo. Unimos as Centrais, valorizamos o movimento sindical. Temos maturidade pra ajudar o Brasil a se reencontrar”.


Miguel Torres discursa no dia da posse como presidente da Força Sindical, em dezembro de 2021

Vida - Nem só de trabalho vive o homem. Miguel Torres é 100% família. Adora passar o final de semana com a esposa e filhas. “Acordo às 4 da manhã todo dia. Chego cedo no Sindicato. Leio os jornais. Faço exercícios, mas, confesso, preciso ter mais disciplina. Também gosto de ler e de cozinhar”. 

Animais - Miguel Torres é apaixonado. Ele cria dez cachorros. “Tem de raça e tem vira-lata. São uma alegria, uma bela companhia”. 

Luta e lei - O bordão de Miguel Torres é “A luta faz a lei”. Ele conta que criou esse slogan porque todos os direitos são conquistados por meio de lutas, reivindicações ou greves. “Tudo vem da luta e da organização. Por isso, sempre digo que a luta faz a lei”.


Presidente da Força usa "A luta faz a lei" como seu bordão

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