Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 20/6/2022 - segunda-feira

Livro de jornalista narra drama
de viver no desemprego

No Brasil de hoje, não é só trabalhador chão de fábrica que sofre com o desemprego. Profissionais de segmentos com formação universitária também são empurrados para o desemprego, o desalento, a queda na renda e o abatimento psicológico.

Quem conta essa história é Luís Alberto Alves, o Caju, profissional muito conhecido na imprensa guarulhense e também da Capital. Ele falou quarta, dia 15, na live do Sindicato. Caju lançou o livro “O flagelo do desemprego”, onde narra sua condição.

Carreira - “Comecei no jornalismo em 1987. Trabalhei na Folha da Tarde, DCI, Diário Popular, Diário Oficial, Folha Metropolitana, Metrô News, revistas técnicas (como Cipa, Noivas e outras). Trabalhei na assessoria do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e pra Confederação Nacional do setor”.

Negação - “Veja a ironia: o excesso de experiência acabou me prejudicando. Eu ia pra entrevistas e o RH, ao ver meu currículo com muita experiência, me descartava e dava oportunidade a alguém recém-formado, pra pagarem menos”.

Idade - “A idade influencia muito na empregabilidade. No Brasil, se pessoa passou dos 40 anos de idade, as empresas começam a olhá-la de forma diferente, achando que ela está velha demais”.

Sobrevivência - “Estou há quatro anos e oito meses sem um trabalho regular. Vou me virando com frilas, que são trabalhos esporádicos. Também já vendi uns 350 livros e isso ajuda a me manter”.
 
Psicológico - “O impacto do desemprego é muito forte. Algumas pessoas deixam de comer ou partem pro excesso. Essa é uma fuga. O desempregado se sente incomodado. Não se sente bem em nenhum lugar; os nervos ficam abalados. A convivência doméstica também é prejudicada, porque o desempregado está sempre irritado.” 

O livro - “Dia 21 de novembro passado, eu abri a caixa de e-mail e estava lá o recado de uma empresa me agradecendo e encerrando o processo de entrevista. Foi aí que peguei o notebook e comecei a escrever sobre o desemprego. Coloquei no Twitter e compartilhei. Foi um grito de socorro. Mas naquele momento não pensava escrever o livro”.

Capítulo - “Fui escrevendo por tema, como capítulos de um futuro livro, associando cada situação com o desemprego. Me lembrei de vários fatos. Me lembrei até da Iderol. Fui à casa de um trabalhador demitido, que não havia recebido seus direitos. Ele disse que só podia nos oferecer água. Peguei meu vale-alimentação e dei a ele”.

A obra - “O livro tem capítulos curtos, por assunto. Fiz textos simples e direitos. As pessoas têm gostado e o livro vem obtendo boa repercussão. Até porque o desemprego é um fato presente na vida de todos nós”.

COMPRAS - “O flagelo do desemprego” pode ser comprado na Amazon.com.br – O livro físico pode ser comprado pelo WhatsApp. O número é 11 95691.4434.

 
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