Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 23/6/2022 - quinta-feira

Aumentos do governo aquecem
inflação, adverte economista



Na semana passada, a economia brasileira foi impactada por três novos aumentos: 1) Mais 5,18% na gasolina; no diesel, mais 14,26%; além da taxa básica de juros (Selic) ter subido para 13,25%. Todos esses aumentos afetam o custo de vida de pessoas e o custo operacional de empresas.

Quem concedeu os aumentos? Por que motivo? Qual o impacto real na vida das pessoas? Esses perguntas básicas foram feitas ontem à tarde, durante a live semanal do Sindicato, para o economista Rodolfo Viana. Ele responde pela subseção do Dieese no Sindicato e assessora diretoria nas campanhas salariais e negociações coletivas.

Rodolfo explica: “Diesel e gasolina dependem da política de preços da Petrobras. A Petrobras é comandada pelo governo federal, tanto assim que o Presidente da República é quem nomeia o presidente da empresa e seu Conselho. Portanto, aumentos têm o dedo do governo”.

Juros - O economista comenta: “O governo, por meio do Banco Central, tem aumentado constantemente a taxa básica, a Selic. O governo tenta controlar a inflação elevando os juros, pois o juro alto encarece o crédito, estimula aplicações financeiras e inibe negócios no setor produtivo”.

Rodolfo Viana aponta o erro desses aumentos seguidos: “O aumento de juros é um recurso usado pra baixar a inflação; e a nossa está alta. Mas Bolsonaro e Paulo Guedes partem do princípio de que a inflação é gerada por demanda. Está errado. Não tem demanda forte com desemprego nas alturas, subemprego em massa, arrocho salarial e queda na renda média. Nessa conjuntura, as pessoas compram menos e os negócios perdem ritmo”.

Impactos - “Os aumentos na gasolina e no diesel têm impacto imediato no bolso das pessoas e nos custos de várias empresas. Diesel mais alto eleva o frete; frete elevado torna mais carro transportar arroz, feijão, carne e outros itens alimentícios. Quanto à taxa de juros, os efeitos inflacionários demoram um pouco mais”, mostra Rodolfo Viana.

Mudanças - Para o economista do Dieese, o País precisa mudar seu modelo econômico, gerando empregos. “Com emprego, cresce o poder aquisitivo e o mercado interno fica aquecido”, comenta. O ideal, ele argumenta, é uma mudança de governo e de política econômica e social.

Trabalhador -
“Essa conjuntura é lesiva ao trabalhador. A inflação já consumiu boa parte do reajuste de 11,08% que o Sindicato negociou pra categoria em novembro. Tanto assim que vários Sindicatos pensam em antecipar as negociações coletivas”, diz o economia Rodolfo.

Saídas
- “Não é fácil vencer essa batalha”, alerta o economista do Dieese. Mas temos que encontrar saídas. Por exemplo, ele comenda: “buscar antecipação salarial, tentar melhorar a cesta básica, procurar aumentar o valor do vale-refeição”. E, claro, protestar contra a carestia, como nosso Sindicato tem feito.

MAIS - Assista abaixo a entrevista completa.

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