Desde 2014 é realizada a campanha Janeiro Branco. A iniciativa chama atenção para os cuidados com a saúde mental.  Objetivo é prevenir doenças decorrentes do estresse como transtornos mentais, depressão, ansiedade ou mesmo síndrome do pânico.

A live do Sindicato, quinta (26), tratou do tema saúde mental. Participou a psicóloga Patrícia Akinaga da Silva, da Interttie Terapias Online, plataforma da qual participam, basicamente, psicólogos e terapeutas. Ela explica: “Temos o propósito de aumentar o acesso das pessoas que buscam pelo apoio desses profissionais. Antigamente não existiam plataformas e atendimento online.”

Virtual - Os atendimentos são online. A psicóloga testemunha: “Na maioria dos casos, percebemos melhora rápida. Isso também depende da disposição do paciente. O atendimento virtual é muito efetivo”.

Burnout - Segundo Patrícia, o Brasil é o segundo país com maior incidência da Síndrome de Burnout . Ela conta: “Tem o caso de um paciente com a síndrome cujo quadro mudou em três meses. Ele era muito focado, o que nos ajudou”.

Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa é o excesso de trabalho.

Valor - O custo da consulta varia, a partir de R$ 75,00. Patrícia explica: “A média da consulta pelos profissionais é entre R$ 100,00 a R$ 150,00. Porém, por meio de parcerias, viabilizamos um valor mais acessível aos clientes”.

Social - A psicóloga conta da preocupação da Interttie com os mais necessitados. “A cada nove atendimentos pagos, geramos um a pessoas com vulnerabilidade social, justamente por entender a questão da saúde mental”. Ela afirma: “Ansiedade e depressão aumentaram muito na pandemia”.

SUS - O Sistema Único de Saúde ajuda, e muito, mas a demanda é alta demais. “Ante a imensa demanda, aumentou o número de plataformas online de ajuda psicológica”. 

Fatores - Segundo Patrícia Akinaga da Silva, o principal gatilho dessa alta é o aumento da ansiedade e da depressão. Ela alerta: “O índice de ação ou intenção suicida está alto, por motivos como insegurança financeira e familiar, medo de perder o emprego e problemas de saúde em geral.”

Fábricas - Nildo Queiroz é técnico em Segurança do Trabalho e dirige o Departamento especializado em nosso Sindicato. E alerta as empresas: “O empregador, o RH ou o Médico do Trabalho precisam ter uma visão mais humanizada sobre o trabalhador e seus eventuais problemas. A questão da saúde mental requer atenção médica e solidariedade humana”.