• 15/1/2025 - quarta-feira
Sem reforma agrária, o Brasil
seguirá no atraso, diz Cabeça
A luta pela reforma agrária é antiga no Brasil. Camponeses e assentados, como no passado, ainda hoje pagam com seu próprio sangue o combate à especulação, exploração ou mesmo o trabalho escravo.
Quem lembra da líder camponesa Margarida Maria Alves, defensora dos direitos humanos e trabalhistas dos trabalhadores do campo? Em agosto de 1983, ela foi executada com um tiro de espingarda 12 no rosto, quando estava na janela da casa onde morava em Alagoa Grande, na Paraíba, a mando de latifundiários incomodados pela sua intransigente defesa pela reforma agrária.
Mais recente, dois assentados foram mortos à bala e outros ficaram feridos em Tremembé, interior de SP. “O fato voltou a alertar sobre o grave problema fundiário nacional, no campo e na cidade”, escreve nosso presidente Josinaldo José de Barros (Cabeça), no artigo semanal publicado no jornal Guarulhos Hoje, nesta quarta (15).
O dirigente lembra: “O Brasil tem área de 8.510.000 quilômetros quadrados. Nossa dimensão é continental. Aqui tem terra pra todos. Pelo menos, deveria ter”.
Cabeça alerta que o problema não persiste somente no campo. Diz que Guarulhos, a segunda maior cidade do estado de SP, tem 3.200 glebas devolutas. “Essas terras poderiam servir à construção de casas populares, escolas, unidades de saúde ou equipamentos esportivos. Porém, ninguém mexe com isso, porque seria cutucar altos interesses”, observa.
Em 1964, o Presidente da República, João Goulart, foi derrubado do cargo em 1964 por ter, como uma das suais principais bandeiras, a reforma agrária.
A solução para acabar com o conflito e o banho de sangue no campo está em uma reforma agrária” bem feita, com suporte financeiro e técnico aos pequenos proprietários. A pequena propriedade é quem produz o alimento que chega à nossa mesa. Portanto, quanto mais pequenas glebas menor o preço da comida”, afirma Cabeça.
Ele finaliza o artigo “Reforma agrária, urgente!”: “Todo país desenvolvido já fez sua reforma agrária. Sem ela, o Brasil seguirá no atraso, assistindo à violência contra camponeses e assentados”.
Boa leitura!
