• 7/5/2025 - quarta-feira

Sandrão, vida dedicada ao sindicalismo
Nosso Sindicato tem a tradição de manter um quadro de funcionários dedicados, que vestem a camisa da entidade e não enjeitam desafios; Sandrão é um deles. Sandro Régio dos Santos tem uma vida cravada no sindicalismo.
Prestes a completar 56 anos, neste mês, ele tem vivenciado a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da categoria nas últimas quatro décadas. Afirma que sua personalidade foi forjada dentro do Sindicato dos Metalúrgicos.
Ele conta: “Minha vida começou no Sindicato, em 1985. Tinha 16 anos. Por meio do diretor Durval, que era conhecido do meu pai, Arlindo, metalúrgico aposentado, que trabalhou na Mannesmann (ex-MTP), fiquei sabendo de uma vaga no administrativo do Sindicato”.
Entregou o currículo e foi entrevistado pelo então presidente Edmilson Felipe Nery. Como tinha experiência como office-boy e, depois, auxiliar de escrita fiscal na Dafrigo (antigo matadouro de Guarulhos, no Macedo), conseguiu a vaga. Antes, aos 13 anos, havia trabalhado em feira livre vendendo verduras.

Infância - Nascido em Guarulhos, Sandro Régio viveu a infância ao lado das duas irmãs na Vila Flórida, bairro onde mora até hoje. O pai Arlindo Laurindo era metalúrgico e a mãe, Maria Maridanes, cuidava dos filhos.
Metalúrgicos - Nestes 40 anos de vida profissional, ainda trabalhou na Tecfil, como auxiliar de Segurança do Trabalho.
Construção - Além do Sindicato dos Metalúrgicos, Sandro também foi assessor durante dois anos e meio do Sindicato da Construção Pesada do Estado de São Paulo, em 2019, onde atuou na linha de frente, inclusive durante greves da categoria.
Ele relembra: “Estive à frente de uma greve que durou 10 dias durante a reconstrução da Rodovia dos Tamoios. Conseguimos parar mais de dois mil trabalhadores. Depois, mais 17 dias de greve paralisando os companheiros do aqueduto Mogi-Bertioga”.

Cipaa - Sandro conta que ele e o finado Sebastião, então dirigente, foram os fundadores do Departamento de Segurança do Trabalho no Sindicato. “Nós cobrávamos a implantação das Cipaas nas fábricas. Naquela época, somente as grandes empresas levavam a sério. Nossa luta foi regularizar a Comissão no máximo de empresas”, relata.
Política - Homem de esquerda, já militou no PPS (Partido Popular Socialista) - antigo PCB. Hoje é filiado ao PDT (Partido Democrático Trabalhista).
Prisão - O ano era 1989. Na Greve Geral em Guarulhos, Sandrão participava de um piquete na porta da empresa Cindumel. O Batalhão de Choque da Polícia Militar reprimiu os trabalhadores. Resultado: oito presos. Um deles era o companheiro Sandro.
Greve - Sandrão ainda menciona outra luta, que marcou sua trajetória. Foi a paralisação na Luxalum, em 2005. “Nessa greve, atuei junto com os diretores Zóião e Evandro, além do atual presidente Josinaldo José de Barros (Cabeça). Greve durou 19 dias, na luta por pagamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados aos trabalhadores. Movimento teve adesão em peso. No final, conquistamos o reajuste no benefício”, relembra.

Família - Sandro é pai de Nicole Maria, de quase cinco anos. “Nicole é minha primeira filha. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Ela é um presente de Deus”, afirma o pai realizado.
Atuação - Dentro do nosso Sindicato, Sandro já trabalhou no Departamento de Imprensa, no Dieese e hoje atua como Assessor da Diretoria, no setor administrativo. Diz: Ele diz: “O desafio é grande. Maior até que encarar uma negociação com o patrão ou mesmo enfrentar a polícia numa greve”.
Lema - O companheiro Sandrão segue à risca seu lema: “Ser honesto, ter personalidade e trabalhar muito. É o que eu defendo na vida”.
