• 9/5/2025 - sexta-feira
Economista do Dieese critica
mais um aumento nos juros
O Banco Central está andando na contramão da orientação econômica desejada pelo povo brasileiro e o setor produtivo nacional. Essa postura ficou muito clara na quarta, 7, quando o Comitê de Política Monetária decidiu, por unanimidade, elevar a Selic, a taxa básica de juros, de 14,25% para 14,75% ao ano. Elevação de 0,5 ponto percentual.
A medida vai pesar no bolso do trabalhador, do setor produtivo e da população em geral. “Foi uma medida perversa”, desabafa Rodolfo Viana, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, que reponde pela subseção do Dieese em nosso Sindicato.
Motivo - Rodolfo afirma: “Não havia motivo concreto algum pra elevar a taxa de juros. Com o novo aumento, a taxa Selic atingiu o maior patamar desde julho de 2006". Para o economista, é fato: “O Banco Central, mais uma vez, se curvou ao mercado financeiro e aos especuladores”. Vale dizer, aos interesses dos ricos.

Gastos - O economista e professor explica que, nos últimos 12 meses encerrados em março, o governo gastou R$ 935 bilhões só com juros da dívida pública. Isso significa 25% a mais do que os R$ 745,7 bilhões gastos nos 12 meses anteriores, o que causa impacto direto no orçamento público. Rodolfo Viana então pergunta: “Esse dinheiro vai sair de onde? Da população, é óbvio”.
Impacto - Para o trabalhador, o impacto negativo é direto. Observa Rodolfo: “Além da redução do orçamento doméstico, tudo o que ele comprar vai ficar mais caro, seja uma geladeira, o financiamento de um imóvel etc. O que era para ajudar, na realidade vai piorar”.
Na terça, as Centrais Sindicais foram à sede do Banco Central protestar e reivindicar juros mais baixos. Fizemos a nossa parte. Mas a pressão social contra a especulação vai continuar.
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