Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 16/9/2020 - quarta-feira 

A causa justa dos R$ 600,00

Devemos apoiar toda causa que tenha efeito coletivo positivo. É o caso do pleito sindical para que o Auxílio Emergencial seja de R$ 600,00, até dezembro. E saúdo o presidente da Força Sindical, companheiro Miguel Torres, por sua obstinada persistência.

No início da pandemia, o governo nada fez pra proteger pessoas sem trabalho e renda. Houve pressão social e setores governistas falaram em R$ 140,00. Depois, subiram pra R$ 200,00.

O sindicalismo procurou o Congresso Nacional, mostrando a necessidade social de um Auxílio maior. O governo subiu a proposta pra R$ 300,00. Mas o Congresso garantiu cinco parcelas de R$ 600,00.

Os efeitos desse dinheiro na base social foram enormes. O número de pessoas cobertas pelo Auxílio chegou a 95 milhões de brasileiros. Também impressiona o resultado junto a setores do comércio, como farmácias, quitandas, mercadinhos e supermercados, onde havia filas frequentes.

Esses R$ 600,00 foram usados principalmente na compra de gêneros de primeira necessidade. Isso aqueceu toda a cadeia da indústria alimentícia, do consumo do produto “in natura” até a mercadoria embalada no supermercado.

Nas farmácias, houve aumento imediato na venda de medicamentos, especialmente de complexos vitamínicos. Sem falar do álcool em gel, que passou a ser item indispensável nas bolsas e nos bolsos.

Só o aumento do consumo de alimentos e de remédios aqueceu dois segmentos industriais importantes, que são o alimentício e a farmacêutico. Isso manteve os empregos e abriu novos postos de trabalho. 

A bem da verdade, todos ganharam: comércio,  indústria, empregados. E o governo se beneficiou com a arrecadação de impostos. Segundo o economista Pedro Afonso Gomes, presidente do Sindicato no Estado de SP, cada Real que o Estado põe no mercado, ao final do ciclo, é multiplicado por cinco. 

Houve ganho real na saúde pública. A melhora no padrão alimentar dos mais pobres protegeu a saúde das pessoas e ajudou a conter o avanço do Coronavírus.

Os tecnocratas alegam que o Estado não pode financiar a pobreza a vida toda. É verdade. O Estado deve gerar condições que tornem a pessoa autônoma. Mas, com recessão prolongada, desemprego em massa e pandemia, essas condições não existem. Portanto, cabe ao Estado agir, proteger e prover.

Peço a todos que apoiem a reivindicação sindical por Auxílio de R$ 600,00 até dezembro. Não é caridade: é gestão da crise. Espero que os deputados federais por Guarulhos e os senadores paulistas não fujam dessa responsabilidade.

José Pereira dos Santos - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e secretário nacional de Formação da Força Sindical

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