Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 5/04/2021 - segunda-feira


Tiro de canhão

Sabemos da importância do combate à Covid-19. Sempre privilegiamos a saúde e que emprego se consegue novamente e vida é só uma. Todavia, as duras medidas impostas pelo Governador Doria na chamada fase emergencial no Estado de São Paulo serão um desastre para comerciante e comerciários.

Diferentemente do ano passado, quando foi editada Medida Provisória para dar um suporte econômico para as empresas, sobretudo para as pequenas, e por pressão do Congresso Nacional foi pago um Auxílio Emergencial de R$ 600,00 – agora o governo de Jair Bolsonaro, outro inimigo de trabalhadores, pouca coisa faz e acena com uma esmola emergencial de R$ 250,00 por quatro meses.

Doria também nada faz a não ser proibir o funcionamento do comércio e não dá ajuda financeira. Pelo contrário, ainda aumentou o ICMS.

Micro e pequenas empresas respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado no Brasil. Muitas já quebraram no ano passado, agora será ainda pior, o que fará disparar o desemprego ainda mais.

Nós lutamos por boas condições de trabalho e de salários, entendemos que é obrigação do empregador fornecer todas as condições sanitárias para que seja evitado o contágio, até porque Covid-19 é doença ocupacional. Entretanto, isso não significa que apoiemos a falência do comércio, isso seria um tiro no pé.

Sabemos da gravidade do momento e que os hospitais não estão dando conta. A solução seria a vacinação em massa. Países que assim estão fazendo mostram quedas expressivas no contágio, mas o negacionista Jair Bolsonaro não quis comprar vacinas e só agora se mexe, depois de quase trezentos mil mortos, portanto a vacinação será lenta no Brasil por muito tempo ainda.

Entretanto, a realidade é essa, a pandemia da Covid-19 mata aos montes, não temos vacinas suficientes para combatê-la e não temos ajuda financeira. Estamos por nossa conta.

E para piorar, a atitude de Doria é um tiro de canhão na vida de comerciantes e comerciários. As empresas vivem das vendas, os comerciários vivem à base de comissão, vamos todos perder, e muito. Como pagar as dívidas?

É obrigação de Doria suspender aumento do ICMS e permitir o pagamento desse e de outros impostos apenas em 2022. A prefeitura também tem a obrigação de fazer o mesmo com o IPTU e taxas do comércio e dos imóveis dos comerciários. Precisamos de crédito sem juros, a serem pagos com carência de um ano e longo prazo. Isso seria o mínimo, mas não parece que vá acontecer.

Estamos indignados com os péssimos governantes que temos em São Paulo e no Brasil. Precisamos de saúde e trabalho. A maior parte dos brasileiros vive um dia a dia simples e quer apenas sustentar a família, viver em paz e com dignidade. É por isso que vamos continuar a lutar.

Acesse – https://www.comerciariosdeguarulhos.org.br/

Walter dos Santos é presidente do Sindicato dos Empregados 
no Comércio de Guarulhos (Sincomerciários)

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