Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
Telefone (11) 2463.5300 / E-mail sindicato@metalurgico.org.br

 
• 24/3/2023 - quinta-feira

“É preciso desconstruir o machismo”,
afirma a dra. Rosi Bispo

O assédio e a violência estão ligados ao machismo. Machismo é uma postura de superioridade do homem, que chega ao sentimento de posse. Se não pode possuir quem deseja, o homem dominado pelo machismo pode agredir, atacar ou mesmo matar a mulher.

Misoginia é um conceito de que a mulher é inferior e tem direito apenas a certos espaços no trabalho e na sociedade. A misoginia predomina entre os homens. Mas há mulheres que também concordam com esse reducionismo da condição feminina.

Essas explicações foram dadas pela advogada Rosi Bispo na live do Sindicato nesta semana, apresentada pelo jornalista João Franzin, nosso assessor de imprensa. Ela é taxativa: “Precisamos desconstruir o machismo e a misoginia”. Para tantos, é preciso investir em Educação, divulgar direitos da mulher e ampliar os mecanismos legais de proteção feminina.

A advogada também discorreu sobre as formas de assédio, diretas, indiretas, eventuais ou continuadas. Ela orienta a vítima a buscar apoio na família, nas amizades, na Justiça e ainda suporte psicológico ou médico.

PRINCIPAIS TRECHOS:

SALÁRIOS – “Temos esperanças que exista equiparação salarial entre homens e mulheres na mesma função. E é isso que motiva nossa luta. Contudo, é importante termos os pés no chão e entendermos que o comportamento da sociedade não vai mudar do dia pra noite”.

GOVERNO FEDERAL – “A política e o compromisso do presidente Lula com as mulheres tiveram início no seu primeiro mandato. Isso foi um marco no Brasil. Esse debate sobre os direitos da mulher é uma questão mundial. Agora, em 2023, no dia 8 de Março, ele apresenta um pacote de valorização e defesa da mulher. Agora, é importante o Congresso Nacional ter um diálogo com o Poder Executivo para que esses avanços não fiquem apenas no papel. Saindo do papel, é importante ter fiscalização”.

ASSÉDIO – “Temos o assédio moral e o sexual. O assédio moral é uma conduta abusiva e o objetivo principal é criar uma desestabilidade psicológica. No ambiente de trabalho ele pode ocorrer de várias formas: através de insultos, gritos, xingamentos, fofocas etc. Ele surge através de atitudes reiteradas. O assédio sexual tem por objetivo ferir a dignidade pessoal da vítima. Dependendo do nível de proporção que tiver essa prática, a própria vítima não sabe que está sofrendo assédio”.

FEMINICÍDIO – “Antes da Lei Maria da Penha, a mulher apanhou porque não cozinhou o feijão direito ou usou uma roupa curta. O agressor dava qualquer justificativa e a própria legislação brasileira acatava essa justificativa. É muito recente o fato de o homem brasileiro ter descoberto que não tem poder e direito sobre o corpo da mulher. Durante a pandemia da covid-19, a convivência maior entre os casais aflorou a cultura negativa da violência contra a mulher e aumentou consideravelmente o número de feminicídios”.

MISOGINIA – “É o ódio pela figura da mulher. O misógino não tem condições de aceitar a mulher por acha-la um ser inferior. De modo prático, para o misógino, existe uma caixa onde a mulher precisa estar dentro. Estando, é mulher, é feminina. Não estando, ela é digna de ódio. Para ele, uma mulher não pode exercer um cargo importante, por exemplo. E o que é triste também: existe mulher misógina. Esta reforça todo o estereótipo que já vem do machismo”.


Voltar Topo Enviar a um amigo Imprimir Home
Receba nosso boletim: Nome Email