Após forte pressão do sindicalismo e engajamento pessoal do próprio presidente Lula, o Senado aprovou quarta (5), por unanimidade, o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda. Ficará isento quem ganha até R$ 5 mil de salário por mês.

Nada foi alterado com relação ao texto aprovado pela Câmara. Assim, o projeto vai pra sanção do presidente Lula. A nova faixa de isenção já deverá valer a partir de janeiro de 2026. Há outros avanços. O projeto também cria um desconto no IR para os contribuintes que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais.

Estudo feito pelo professor e economista Rodolfo Viana, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, que reponde pela subseção do Dieese no Sindicato, mostra que 75,6% dos trabalhadores da nossa base não pagarão mais Imposto de Renda, a partir de 1º de janeiro.


Já o coordenador jurídico do Sindicato, dr. Marcílio Penachioni, explica que "pra compensar as reduções no imposto, o projeto prevê uma tributação mínima pra pessoas com alta renda, criando uma alíquota progressiva de até 10% aos que recebem mais de R$ 600 mil por ano".

Dr. Marcílio destaca: "Na faixa de quem ganha R$ 5.000,01 até R$ 7.350,00, haverá melhora na tabela do Imposto e o trabalhador vai pagar menos do que atualmente. Isso representa 10,4% da categoria".

Cabeça - Nosso presidente, Josinaldo José de Barros (Cabeça), lembra que a isenção é compromisso de Lula com o movimento sindical desde 14 de abril de 2022, antes ainda de ser oficializada sua campanha eleitoral. Ele diz: "As reivindicações sindicais compõem o documento Pauta Unitária da Classe Trabalhadora, aprovado na Conclat dia 7 de abril de 2022, cujo eixo central é desenvolvimento sustentável com geração de emprego de qualidade pra todos os brasileiros”.