• 15/10/2020 - quinta-feira
Professora fala em live do Sindicato
e mostra papel social da Educação
e mostra papel social da Educação
A live do Sindicato nesta quinta, Dia do Professor, recebeu a educadora guarulhense Kátia Cristina Barbanato dos Santos Borges. Há 25 anos na rede municipal, ela leciona na EPG Milton Luiz Ziller, no bairro do Picanço.
Para a diretoria, fazer live com uma professora é um modo de reafirmar o compromisso do Sindicato com a Educação. Nosso presidente José Pereira dos Santos afirma: “O ensino muda a vida da pessoa, da coletividade e da Nação. Precisamos de mais governantes comprometidos com a educação pública de qualidade”.
Trajetória - Kátia Borges avalia, pela sua experiência, que fez correto ao optar pelo magistério. Ela diz: “Ainda hoje recebi e-mail de uma aluna da primeira turma, no qual ela agradece o aprendizado recebido”. Para Kátia, a relação entre professor e aluno é a força que materializa em conhecimento o que era só informação.
TRECHOS PRINCIPAIS:
Avanços - Quando entrei na rede, em 1995, a jornada era reduzida a 3 horas. De lá pra cá, houve a ampliação. Passamos a atender o ensino fundamental. Em 2010, implementamos o Plano de Carreira com ampla participação dos trabalhadores e Sindicato dos Servidores (Stap).
Avanço - Também conquistamos a gratificação e o Piso do Magistério, além da Lei de um terço do salário para hora atividade.
Estrutura - Temos muito a melhorar. Ao longo dos anos conseguimos avançar. Agora, com a entrada do novo Fundeb, sem distorções, teremos bastante ajuda na questão da verba e de estrutura física.
Estudos - Até um tempo atrás tínhamos o ensino magistério. Mas ele foi descontinuado. Era o ensino técnico que não tem mais.
Aposentadoria - Infelizmente com a reforma da Previdência os professores foram afetados na aposentadoria especial. A média para nós professores subiu para 10 anos ou mais.
Saúde - É difícil encontrar um professor que não tenha problemas nas cordas vocais. Quando mais crianças, maiores são os problemas físicos no corpo.
Rotina - Sem a pandemia, posso dizer que sou uma professora privilegiada. Com quase 30 anos de carreira encontrei escola perto de casa. Lecionava das 7 às 13 horas.
Pandemia - Agora minha rotina mudou. Acordo 6h30, não preciso ir para escola, em compensação, estou o tempo inteiro, quase 24 horas por dia, em atendimento aos alunos e seus pais.
Dificuldades - Além das demandas, ainda temos que lidar com as mídias sociais e lives. Quanto menores os alunos, mais complicado. A casa dos professores e dos alunos foi invadida. Presenciamos muitas situações de vulnerabilidade e somos obrigados a agir. Isso reflete em nossa saúde e psicológico.
Ensino remoto - A educação não é uma questão de passar conteúdo. É na interação de uma sala de aula que conseguimos acompanhar e fazer para que o aluno avance na aprendizagem. A educação é essencial para qualquer transformação.