• 18/11/2020 - quarta-feira
Viva o povo negro!
Sou de origem negra, minha mulher é negra, meus filhos são negros. Em nossas veias corre o sangue antepassado dos que foram caçados na África e trazidos como escravos ao chamado Novo Mundo.
O Brasil foi o último País a acabar com a escravidão. Aqui, a escravidão durou mais de 300 anos. Os cartórios mais antigos guardam escrituras de compra e venda de escravos.
Digo isso não por ressentimento. Digo movido pelo sentimento de justiça, porque ainda hoje o negro é a principal vítima da discriminação, violência e das injustiças.
No mercado de trabalho, como aponta o Dieese, o negro ganha menos. E a mulher negra ganha ainda menos. O negro é o último a ser contratado e o primeiro na lista de demissões.
A representação política também é injusta, pois a população negra tem pouca presença nos Parlamentos. Nos cargos principais dos Executivos há poucos indicados, o que explicita essa discriminação.
Dia 20 - Esta sexta-feira é feriado do Dia da Consciência Negra. A data foi instituída como forma de homenagear as lutas pela libertação e nos relembrar que devemos estar atentos contra o racismo.
Os setores progressistas brasileiros sempre buscaram criar leis contra o racismo. Tivemos um avanço importante na Constituição de 1988. O Artigo 5º., Inciso 42, diz: A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei”.
A Constituição deve ser respeitada e os crimes de racismo precisam ser punidos com rigor. Há também que mudarmos padrões culturais, que sempre relegam o negro a segundo plano e atentam contra a dignidade humana.
O negro trouxe da África seus hábitos e manteve suas raízes. No Brasil, religiões como Candomblé e Umbanda, embora contem com muitos adeptos brancos, expressam fortemente a religiosidade afro. Inaceitável que sejam objeto de perseguição por falsos religiosos.
Por fim, não poderia deixar de lamentar termos na Presidência da República um supremacista branco. Não posso esquecer sua maldade, quando, após visitar uma área quilombola, disse que ali havia gente “que podia ser pesada em arroba”. Essa medida é usada pra pesar animais.
No Sindicato que presido sempre defendemos os negros, sempre combatemos o racismo e sempre apoiamos a valorização deste povo. Somos e seremos, sempre, essa trincheira.
O Brasil foi o último País a acabar com a escravidão. Aqui, a escravidão durou mais de 300 anos. Os cartórios mais antigos guardam escrituras de compra e venda de escravos.
Digo isso não por ressentimento. Digo movido pelo sentimento de justiça, porque ainda hoje o negro é a principal vítima da discriminação, violência e das injustiças.
No mercado de trabalho, como aponta o Dieese, o negro ganha menos. E a mulher negra ganha ainda menos. O negro é o último a ser contratado e o primeiro na lista de demissões.
A representação política também é injusta, pois a população negra tem pouca presença nos Parlamentos. Nos cargos principais dos Executivos há poucos indicados, o que explicita essa discriminação.
Dia 20 - Esta sexta-feira é feriado do Dia da Consciência Negra. A data foi instituída como forma de homenagear as lutas pela libertação e nos relembrar que devemos estar atentos contra o racismo.
Os setores progressistas brasileiros sempre buscaram criar leis contra o racismo. Tivemos um avanço importante na Constituição de 1988. O Artigo 5º., Inciso 42, diz: A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei”.
A Constituição deve ser respeitada e os crimes de racismo precisam ser punidos com rigor. Há também que mudarmos padrões culturais, que sempre relegam o negro a segundo plano e atentam contra a dignidade humana.
O negro trouxe da África seus hábitos e manteve suas raízes. No Brasil, religiões como Candomblé e Umbanda, embora contem com muitos adeptos brancos, expressam fortemente a religiosidade afro. Inaceitável que sejam objeto de perseguição por falsos religiosos.
Por fim, não poderia deixar de lamentar termos na Presidência da República um supremacista branco. Não posso esquecer sua maldade, quando, após visitar uma área quilombola, disse que ali havia gente “que podia ser pesada em arroba”. Essa medida é usada pra pesar animais.
No Sindicato que presido sempre defendemos os negros, sempre combatemos o racismo e sempre apoiamos a valorização deste povo. Somos e seremos, sempre, essa trincheira.
José Pereira dos Santos - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e secretário nacional de Formação da Força Sindical
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Facebook: www.facebook.com/PereiraMetalurgico
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com