Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 2/12/2022 - sexta-feira

Técnico do Trabalho fala em live
e valoriza atuação das Cipas

Participou ontem da live do Sindicato o Técnico em Segurança do Trabalho Rogério de Jesus Santos. Com mais de 20 anos no setor, ele também é assessor técnico do Diesat, departamento do movimento sindical que estuda os ambientes de trabalho e orienta ações.

Ele aponta mudanças no quadro das doenças. “Hoje, está muito alta a incidência de doenças mentais, ou seja, decorrentes das mudanças no sistema produtivo e do próprio estresse gerado pela pandemia da Covid-19”, comenta.

O aumento desse tipo de doença não quer dizer que outras, como as LER/DORT, tenham diminuído. Rogério observa, porém, que as patologias de fundo mental e emocional têm causas diversas e enfrentam preconceitos. “Por causa disso, muitos que deveriam estar afastados continuam no trabalho”, alerta.

Os pedidos de afastamento, por acidentes ou doenças, junto ao INSS, estão represados. “A fila é enorme, mas uma hora vai ter que andar. Essa demanda represada vai gerar um problema sério para o próximo governo do País”, ele afirma.

Cipa - Para Rogério de Jesus Santos, o papel do cipeiro deve ser reforçado pelo movimento sindical. Ele diz: “A Cipa é fundamental no ambiente de trabalho. O Sindicato tem que se aproximar mais das Cipas e as Cipas precisam procurar mais o Sindicato”.

Trechos da conversa:


Técnico - Estou há mais de 20 anos atuando na área. Fiz parte da equipe de validação do CBO de técnico de segurança do trabalho. Essa é uma profissão reconhecida pelo Ministério Público do Trabalho e registrada. É uma profissão de suma importância para segurança e saúde do trabalhador.

Técnico/Empregador - O técnico atua nas mais diversas frentes. A frente principal de trabalho, que é normatizada, por meio da NR4, tem quatro específico na contratação, de acordo com o grau de risco e o número de funcionários que a empresa tem.  

Mercado - Existem mais mercados de atuação, como os Sindicatos e até os Centros de Referência de Saúde no Trabalhador, conhecidos como Cerest. No brasil temos mais de 200 centros.

Atuação - O profissional, independente de qual frente está posto, que trabalha numa empresa ou mesmo no Cesmet, o prescrito da normativa diz que ele precisa fazer a promoção e a prevenção. É preciso o profissional se anteceder aos fatos e situações de riscos.

Bolsonaro - Com a reforma trabalhista e as mudanças nas relações de trabalho, vieram muitos ataques à saúde do trabalhador. Muitas NRs tiveram alterações. Foi um período difícil. Agora vamos ter que reestruturar esse desmonte. Tudo começou com a ausência do Ministério do Trabalho e os auditores fiscais de trabalho. Fora a ausência de investimento, que é a Fundacentro, órgão principal de prevenção do Ministério do Trabalho.

Previdência - Temos dificuldade de estruturação da Previdência Social na autarquia chamada INSS, onde se faz o processo de acesso a benefícios. Estamos com mais de 1 milhão de benefícios parados e a grande maioria destes benefícios são acidentes e doenças do trabalho.

Sinais - A saúde mental traz à tona que o processo produtivo do Brasil não adoece só a linha de produção, mas as pessoas de cargos de coordenação também. Os diagnósticos são vários como a síndrome do pânico, irritabilidade, crise de choro e outras questões. As mulheres têm sido as mais afastadas devido problemas com a saúde mental.

MAIS – Diesat e nosso departamento no Sindicato, o telefone é 4965.9317. Também do Cerest Guarulhos 2472.5492.

Youtube – Assista a live na íntegra.

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