COM LULA, EM BRASÍLIA
Josinaldo José de Barros (Cabeça), |
Diretoria Metalúrgicos em Ação. |
No dia 1º de janeiro de 2019, as Centrais Sindicais enviaram uma carta ao Presidente que tomava posse naquela data. A carta reconhecia a vitória de Jair Messias Bolsonaro e pedia diálogo com o novo governo.
Bolsonaro sequer respondeu à correspondência. E mais: no dia 1º de janeiro de 2019, ele extinguiu o Ministério do Trabalho, fruto da Revolução de 30, liderada por Getúlio Vargas, Pasta diretamente ligada aos interesses da classe trabalhadora.
No dia 7 de abril de 2022, as Centrais Sindicais realizaram a 3ª Conclat - Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. No dia 13 do mesmo mês, o ex-presidente Lula recebia os sindicalistas e dizia: “Mais que uma pauta de reivindicações, vocês me apresentam quase que um Plano de Governo”.
Dia 1º de dezembro de 2022, o presidente já eleito para um terceiro mandato recebeu dirigentes sindicais e tratou ali de várias reivindicações e demandas. Mas era um encontro extraoficial.
O encontro oficial acontece na manhã hoje, dia 18, no Palácio do Planalto. As direções das Centrais vão reforçar propostas aprovadas na terceira Conclat e enfatizar a necessidade de aumento real para o salário mínimo - que remunera, direta e indiretamente, quase 50 milhões de brasileiros.
Será uma reunião com Pauta. Além das propostas da Conclat e do aumento real para o mínimo, as Centrais também pretendem tratar de outros assuntos importantes: 1) Proteção legal para os trabalhadores em Aplicativos; 2) Reconstrução do Ministério do Trabalho devastado pelo bolsonarismo; 3) Valorização da negociação coletiva entre trabalho e capital.
A classe trabalhadora não é bando. E muito menos gado. Temos consciência de nosso papel no setor produtivo, comércio, agricultura e serviços. E, por meio das nossas Centrais, a classe quer ser ouvida, ter voz ativa e ser agente do progresso social e material de que o Brasil tanto precisa.
Nosso Sindicato participou de todas as três Conclats: 1981, 2010 e 2022. E eu estarei no encontro de hoje, integrando a comitiva da Força Sindical, mas, principalmente, representando a categoria metalúrgica de Guarulhos, Arujá, Mairiporã e Santa Isabel.
O diálogo é parte essencial da democracia. E nosso Sindicato defende, ardorosamente, o regime democrático. Um governo digno desse nome deve dialogar com todos os setores sociais, até com segmentos que o criticam ou combatem, pois a democracia possibilita aos divergentes debater e encontrar pontos em comum, para o bem da Nação.
Ao nos receber, Lula mostra que tem envergadura de estadista e não passador de pano pra extremistas e milicianos. Nós o trataremos com o devido respeito, mas sem deixar de cumprir nosso papel, ou seja, cobrar medidas efetivas em benefício do povo brasileiro, principalmente dos mais pobres e carentes.