Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 22/3/2023 - quarta-feira

JUROS INDECENTES

 

 Josinaldo José de Barros (Cabeça),
Presidente

Diretoria Metalúrgicos em Ação. 
E-mail: josinaldo@metalurgico.org.br 
Facebook:
 /josinaldo.cabeca.1

O Brasil pratica as taxas reais de juros mais altas do mundo. Quando digo o Brasil, leia-se bancos e financeiras, incluindo-se o próprio Banco Central, que deixa desde agosto a taxa Selic em 13,75%.

O sindicalismo, em peso, cobra redução dessa taxa. O entendimento do movimento é que os altos rendimentos com os juros desviam dinheiro do setor produtivo. Com isso, a indústria não expande a produção. Com a produção estagnada, não há geração de mais empregos.

Felizmente, vários setores do empresariado também querem taxas menores nos juros. Nesta segunda, dia 20, Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, chamou de “pornográficas” as taxas de juros praticadas no Brasil. E cobrou do Banco Central queda na Selic.

O governo Lula foi eleito com uma plataforma desenvolvimentista. Ou seja, comprometido em implantar uma política econômica que fortaleça a produção, especialmente, na nossa indústria. Com produção maior e menos juros, surgem mais e melhores empregos.

O juro alto afeta duas pontas do processo econômico, pois altera o custo de uma geladeira, por exemplo, para o consumidor final e também eleva, para a indústria, os custos dos componentes do produto. Outra consequência pode ser o aumento da inflação.

Esta semana será marcada por vários protestos do sindicalismo. Ontem, terça, o ato aconteceu em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo. O objetivo é pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) a rever a Selic.

Haverá outros atos, nos próximos dias, em várias cidades. Setores dos movimentos sociais também vão participar, até porque se a especulação financeira continuar em alta, os investidores vão preferir deixar o dinheiro no banco a investir em máquinas, fábricas, infraestrutura e outros setores estratégicos.

Aposentados - Com apoio do ministro Carlos Lupi, da Previdência, aposentados e pensionistas conseguiram baixar de 2,14% pra 1,70% a taxa de juros no empréstimo consignado. Os bancos reagiram e boicotam novos empréstimos, alegando perda de lucros. Ora, a taxa de 1.70% vezes 12 acumula juros de 22,4% ao ano. Isso supera em mais de três vezes a inflação do INPC. Onde está o prejuízo, então?

CATEGORIA - Nosso Sindicato participará dos atos unitários pela redução dos juros. Os países mais ricos do mundo não praticam juros altos. Aliás, a taxa de juros em vários deles chega a ser negativa. Se os ricos sabem que juro alto prejudica a economia, por que teimar no juro alto?

Os bancos são os empreendimentos que mais ganham dinheiro. Observe que em 1985 havia 500 mil bancários no Brasil e hoje sequer a metade disso. Ou seja, eles economizaram na mão de obra, cortando 50% dos empregados. Os bancos boicotam o Brasil. Não dá mais pra aceitar isso!

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