Organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, a Marcha é a maior mobilização feminina da América Latina. 

As diretoras do Sindicato Márcia Lima e Raquel de Jesus reforçam a mobilização que reivindica igualdade de direitos, autonomia financeira, combate à violência, acesso à terra e garantia dos direitos territoriais, entre outros itens. A pauta da marcha tem 13 eixos e foi entregue ao governo dia 21 de julho.  

Para Márcia, é fundamental reforçar a luta por direitos das trabalhadoras rurais e da cidade. “Apesar de termos um governo democrático e popular, nada nos será dado. Temos que cobrar e pressionar. Temos um sentimento de levar e trazer mais garra para combater todas as violências e desigualdades que enfrentamos”, afirma a diretora.

Realizada sempre em agosto, a Marcha das Margaridas já teve edições nos anos 2000, 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019. O nome homenageia Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos Rurais de Alagoa Grande, Paraíba, assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários.

Segundo Raquel, a sindicalista Margarida Alves é inspiração para as mulheres. Ela diz: “Também nos inspiramos nas trabalhadoras de todos os cantos do País que, no seu dia a dia, enfrentam desigualdades e desafios e vencem batalhas cotidianas para garantir direitos e igualdade de oportunidades”.

A abertura política ocorreu ontem (15), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília. Participaram do evento as ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Margareth Menezes (Cultura) e Ana Moser (Esporte), além de delegações de 35 países.

Lula - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve fazer anúncios ainda nesta quarta (16) em resposta às principais demandas das mulheres.