Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 10/06/2024 - segunda-feira

Rogerinho, um cadeirante
ativo, que serve de exemplo

Rogério da Silva Santos, o Rogerinho, participou da Live do Sindicato na última sexta, dia 7. O companheiro, que é cadeirante, tem 42 anos e trabalha na Cummins Motores (Cumbica, Guarulhos). Ele, que já foi cipeiro na fábrica por duas vezes, cumpre agora o terceiro mandato de representante sindical local.

Durante os 40 minutos de conversa com o jornalista João Franzin (assessor do Sindicato), o companheiro falou do assalto de que foi vítima, do abalo em sua saúde, da carreira profissional, de acessibilidade e inclusão social e no mercado de trabalho. 

Representante - O que o motiva a ser representante sindical pela terceiriza vez? Ele explica: “Quando entrei na Cummins, não soube de nenhum representante sindical com algum tipo de deficiência; então, quis ser o primeiro”. 

Rogerinho é assistente logístico na empresa. Do alto do seu astral, ele dá o testemunho de uma vida extremamente dinâmica. O companheiro dirige, gosta de pescaria e também joga rúgbi. 

PCD - Antigamente, pessoa com alguma limitação motora era proscrita pela sociedade, empresas ou pela própria família. Isso mudou. E uma das mudanças veio por meio da Lei de Cotas (8.213/julho de 1991), cujo próprio nome diz garante cotas de emprego para pessoas com deficiência.

Mas Rogerinho entende que a conscientização precisa avançar e chegar a amplos setores sociais. Na Cummins, ele cita o Programa “Sentindo na pele”, por meio do qual as pessoas sem dificuldades motoras se punham no lugar um PCD pra sentir o drama e as necessidades. Por exemplo: durante uma semana, voluntários passavam um dia de expediente numa cadeira de rodas.

 
Isso ajudou muito. Rogerinho diz: “Cada dia um voluntário viveu a rotina em uma cadeira de rodas, pra conhecer o meu dia, sentir as dificuldades do cadeirante e entender as necessidades de mudanças, como a implantação de rampas, mesmo em locais com degraus de apenas dois dedos. O que começou com cinco voluntários agregou 14. Tive relatos espetaculares, foi muito bacana”. 

Acessibilidade - Foi um dos temas da live. Calçadas esburacadas, ou com degraus, e ônibus sem adaptação são problemas frequentes em Guarulhos. Rogerinho conta: “As calçadas têm geralmente degrau e nos obrigam a transitar no meio da rua. Alguns motoristas são receptivos; outros não, e isso é perigoso. Em Guarulhos só conseguimos circular no Centro ou em algumas avenidas”. Há também o problema dos ônibus. Ele comenta: “Alguns elevadores nos veículos não funcionam. Outros coletivos nem param no ponto quando o condutor vê que o passageiro é um cadeirante”. 

Casado e pai de três filhos, Rogério da Silva Santos faz palestras, nas quais destaca seu drama, a superação pessoal e profissional, bem como relata a vida feliz ao lado da esposa Evelyn e dos filhos. Ele está escrevendo um livro com sua história.

Sindicato - O companheiro defende o diálogo entre capital e trabalho, mas entende que tem vezes nas quais o Sindicato precisa firmar pé, mobilizar os trabalhadores e pressionar a empresa, a fim de concretizar demandas e reivindicações. 

MAIS - Acesse o Canal YouTube do Sindicato. Clique aqui e assista a live na íntegra.


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