Após paralisação, Espiroflex
inicia negociações da pauta
A Espiroflex (Vila Nova Cumbica) parou quase cinco horas na manhã desta segunda-feira (8) em ação coordenada por nosso Sindicato. O movimento teve ampla adesão dos trabalhadores e contou com apoio dos Sindicatos dos Servidores Municipais, Vigilantes e da Alimentação, todos filiados à Força Sindical.
A paralisação decorre de uma série de problemas na empresa, que não dialoga com o Sindicato. Entre os problemas apontados pelos trabalhadores estão: não-pagamento de PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados), assédio moral, por meio de pressão e constrangimento dos encarregados contra funcionários; e demissões de trabalhadores que cobram melhores condições de trabalho.
Valeu a mobilização. É Heleno Benedito da Silva, secretário-geral do Sindicato, quem conta: “Os companheiros da Espiroflex nos deram total respaldo na luta por sua pauta de reivindicações. Isso criou condições para o início das negociações com a empresa, que sentiu a força da paralisação”.
Proposta - Por volta das 9h30, a direção da Espiroflex chamou o Sindicato para negociar. Às 12h30, veio a proposta que foi colocada em votação e aprovada por todos os trabalhadores.
Ficou assim: a empresa pagará um bônus de R$ 470,00 em duas parcelas (este mês e em março); será formada uma comissão de trabalhadores para discutir a PLR de 2010, com a primeira reunião agendada para dia 28 de fevereiro; a empresa vai fortalecer o canal interno e anônimo para denúncias de abusos e assédio.
O Sindicato também negociou estabilidade para os trabalhadores nos próximos 30 dias, sob pena de a Espiroflex pagar um salário a mais para quem for demitido.
Comissão - Em assembleia na porta da fábrica, dia 7, os trabalhadores escolheram uma comissão de companheiros que acompanhará o Sindicato nas negociações. Josinaldo José de Barros (Cabeça), vice-presidente do Sindicato, afirma: “Todos os passos serão dados com a Comissão de trabalhadores da fábrica”. Da ação na Espiroflex participou toda diretoria do Sindicato.