Folha Metropolitana publica
artigo do presidente Pereira
O jornal Folha Metropolitana, de Guarulhos, publicou na sexta, dia 28 de maio, na página 2, artigo de nosso presidente José Pereira dos Santos. Com o título “Rumo à Conferência da Classe Trabalhadora”, o artigo fala do grande evento sindical unitário que vai acontecer dia 1º de junho e ressalta sua importância, especialmente neste ano em que teremos eleições presidenciais.
O texto de Pereira termina com essa manifestação: “O Brasil melhorou muito nos últimos anos. Mas precisa e pode melhorar muito mais. Estou certo de que seremos um País melhor e mais justo se a classe trabalhadora tiver uma presença cada vez mais ativa na economia, nas lutas sociais e na vida política”.
Leia a íntegra do artigo.
Rumo à Conferência da classe trabalhadora
No dia 1º de junho, vai acontecer em São Paulo, no estádio do Pacaembu, a conferência nacional da classe trabalhadora. O evento, que deve reunir entre 20 e 30 mil sindicalistas de todo o País, tem apoio das Centrais CUT, Força, CTB, Nova Central e CGTB e acaba de ganhar a adesão do Fórum Sindical dos Trabalhadores, ligado às Confederações.
Embora tenha o nome de conferência e reúna, unitariamente, o movimento sindical, o evento de 2010 não repete a última grande conferência, a Conclat, acontecida em 1981. Os tempos são outros. Em 1981, vivíamos ainda sob ditadura e o Estado intervinha nos Sindicatos. A grande bandeira nacional da época, portanto, era a reconquista da democracia, com os Sindicatos livres da intervenção estatal, conquista que só conseguimos com a Constituição de 1988.
E por que fazer uma conferência agora? Por vários motivos. Um dos motivos é o fato de que o movimento sindical amadureceu e hoje atua com unidade. Graças a isso, tem feito mobilizações conjuntas e obtido vitórias expressivas, como uma política de aumento real para o salário mínimo e aumentos que melhoram a renda dos aposentados e pensionistas.
Outro motivo é de natureza política. Os trabalhadores ampliaram seu espaço de atuação durante o governo Lula. Por isso, querem preservar esse espaço e ampliar sua influência nos rumos econômicos, sociais e políticos do nosso País. Na condição de maioria social e enquanto agentes econômicos fundamentais para a vida da Nação, os trabalhadores buscam desempenhar um papel cada vez mais decisivo.
Me perguntam se a conferência do dia 1º de junho terá cor política, e eu digo que sim. Mas não será partidarizada. Embora a agenda da conferência tenha como centro a economia, ou seja, a defesa de um modelo de desenvolvimento que combine crescimento com mais distribuição de renda, não há como passar ao largo da questão política. Para tanto, todos os candidatos a Presidente da República estão sendo convidados.
Neste momento, as Centrais, junto com o Dieese, esboçam o documento a ser levado para a conferência. A ideia é produzir um documento consistente, que, muito mais do que uma pauta de reivindicações, seja uma proposta de programa de governo. Essa plataforma de governo será entregue aos candidatos a presidente da República.
Os metalúrgicos de Guarulhos e Região vão participar com grande número na conferência da classe trabalhadora do dia 1º de junho. Assim como membros da diretoria da época estiveram na Conclat, em 1981, nós estaremos na linha de frente da conferência atual. Entendemos que nosso papel é estar presentes nas lutas sociais, defendendo direitos e propondo avanços.
O Brasil melhorou muito nos últimos anos. Mas precisa e pode melhorar muito mais. Estou certo de que seremos um País melhor e mais justo se a classe trabalhadora tiver uma presença cada vez mais ativa na economia, nas lutas sociais e na vida política.
José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região e secretário nacional de formação da Força Sindical