Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• Personagem do mês

Juarez Tenório, 80 anos, sócio nº 261

A história do Sindicato é, principalmente, uma história de gente. Ou seja, de trabalhadores da base e de dirigentes, que, ao longo desses 47 anos, sempre estiveram junto à sua entidade de classe e, em todos os momentos, contribuíram pelo fortalecimento da categoria metalúrgica, em busca de emprego, renda e condições de trabalho.

E nessa história há os que se destacam, porque destinam mais tempo de suas vidas, e mais empenho, às ações sindicais. É o caso de um alagoano de Quebrangulo, que já chegou aos 80 anos de vida, que dedicou 50 deles à atuação sindical e que porta, com orgulho, a carteira de sócio de número 261.

Esse personagem é Juarez Tenório Silva, ou simplesmente “Tenorinho” como gosta de ser chamado. Ele é um dos fundadores do nosso Sindicato.

1930 - Nascido em 6 de outubro de 1930 na pequena cidade de Alagoas, aos 17 anos veio para São Paulo em busca de uma vida melhor. “Lá, você não tem perspectiva de vida. Se é difícil hoje, imagina nos anos 1940. Decidi vir pra São Paulo e por felicidade parei em Guarulhos. Aqui realizei meus sonhos”, diz o metalúrgico com voz sempre suave e pausada.

Assim que chegou em Guarulhos, em 1948, Tenorinho começou a trabalhar em uma metalúrgica (Fundição Americana). Ele conta: “É engraçado porque comecei a me interessar e a tentar resolver os problemas profissionais dos meus companheiros, sem ter a menor noção das coisas. Foi assim que ingressei no sindicalismo”. 

História - Tenorinho conta a história do nosso Sindicato, que ele vivenciou: “Até 1960, os metalúrgicos de Guarulhos eram vinculados ao Sindicato de São Paulo. Neste mesmo ano, foi criada a Associação dos Metalúrgicos de Guarulhos, com velhos companheiros, como Bezerra e Aldo Lombardi. Aldo era oficial de Justiça e deu uma força muito grande para nossa entidade.

Não posso me esquecer que fizemos uma vaquinha com todos os nossos sócios da época e por aproximadamente 800 mil cruzeiros (moeda de então) compramos uma casa simples na rua Harry Simonsen, no Centro de Guarulhos (onde fica a atual escola). Em 30 de abril de 1963, finalmente inauguramos nossa sede, e passamos a representar oficialmente os metalúrgicos de Guarulhos. José Mathias foi o nosso primeiro presidente”.

Visão do futuro - Juarez lembra das dificuldades do início: “Não tínhamos dinheiro, e tudo era feito na base da ‘vaquinha’. Foi assim que compramos o primeiro carro, uma DKV Vemag, e nossa primeira ambulância, veículo que, aliás, foi comprado em meu nome, em 1977”.

Havia, segundo Tenorinho, muita divergência entre os primeiros diretores, e os metalúrgicos não entendiam bem o que vinha a ser um Sindicato. Ele conta: “Era comum aparecer metalúrgico na sede pedindo dinheiro emprestado, um médico ou dentista. Nós ainda estávamos nos estruturando, e tínhamos pouco oferecer a não ser lutar pelos direitos dos trabalhadores. Um diretor, Zé Maria, chegou a dizer um dia: O Sindicato não é instituição de caridade. Nós vamos crescer e com certeza nossos sócios terão muitos benefícios”.

O presente - No início dos anos 1970, foi doado um terreno para o Sindicato. Tenorinho conta, emocionado: “Nós vendemos o terreno pra comprar outro e  construir nossa primeira sede, realmente nossa, e com espaço pra todos os metalúrgicos. A construção (na rua dos Metalúrgicos) começou em 1º de fevereiro de 1972, na gestão Vicente Gonçalves Filho, e foi inaugurada em 22 de julho de 1981, quando Edmilson Nery era presidente”.

Sobre o Sindicato hoje, Tenorinho garante: “Se todos os metalúrgicos se associassem, nossa categoria seria muito mais forte. Tivemos conquistas históricas, temos um presidente da República que é metalúrgico, nossa entidade oferece tudo de bom e do melhor para os associados, mas muitos ainda relutam em se associar. Você tem lazer, dentistas, médico do trabalho, advogados, um Clube de Campo que é o melhor de Guarulhos, colônia de férias e agora o Centro Educacional em Vargem. As ações nas fábricas continuam sendo feitas. Esse é o papel de uma entidade séria como a nossa!”

Família - Ao lado da esposa Ana, morando em uma casa confortável na Vila Augusta, Juarez Tenório se diz realizado: “Sempre utilizei os serviços do Sindicato. Meus filhos (Creusa, 49 anos, e Juares, 45) sempre foram atendidos por médicos e dentistas do Sindicato. Ganhei processos contra empresas e até no INSS, utilizando os advogados do Sindicato. Lazer sempre tive no Clube de Campo e na Colônia. Tenho comigo a certeza do dever cumprido. Trabalhei muito, criei meus filhos, e ajudei a fundar o que hoje é um dos maiores sindicatos da América Latina”.

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