Companheiros da SBB cruzam os braços
por direitos e contra abusos patronais

(Empresa tá cheia de irregularidades)

A SBB - Sociedade Brasileira de Blindagens (Jardim Cumbica) está parada desde ontem (20) de manhã. E a paralisação tem motivos justos e concretos, porque a situação na fábrica é a pior possível.

Veja:

Tem gente trabalhando sem registro em Carteira; os companheiros nunca receberam um tostão de PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados); acontecem muitos acidentes, inclusive com perda de dedos; a empresa não tem Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes); o refeitório não tem higiene.

Tem mais: a SBB não faz recolhimento da Previdência do empregador; pratica apropriação indébita do recolhimento previdenciário dos empregados; e não emite CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), quando ocorrem acidentes do trabalho.

A empresa, que faz blindagem de veículos e, portanto, atua num segmento lucrativo, tem cerca de 40 funcionários.

Alex Sandro de Lima, diretor do nosso Sindicato, afirma que as condições de trabalho são péssimas e a revolta dos trabalhadores é grande.

Pauta - O Sindicato elaborou pauta com nove itens e vem tentando abrir negociações. Mas a empresa se mantém irredutível. Houve tentativa de protocolar outro documento, com prazo de 48 horas para a empresa responder a pauta, mas a SBB se recusou a protocolar o ofício do Sindicato.

Repressão - Além de não negociar, a SBB ameaça demitir em massa. Hoje (21) pela manhã, havia cinco viaturas da PM na porta da fábrica. Nosso vice-presidente Josinaldo José de Barros (Cabeça) critica: “Acho que o melhor seria mobilizar o policiamento para os bairros, onde a segurança deixa a desejar”.

O Sindicato encaminhou, nesta quinta-feira (21), documento ao superintendente regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, José Roberto de Melo, e à gerência regional do órgão em Guarulhos – pedindo rápida, urgente e incisiva atuação do Ministério do Trabalho na empresa, que vem sistematicamente desrespeitando a legislação trabalhista vigente em nosso País.