Sindicalistas organizam luta
por melhorias na Gerdau

Assunto foi tema do 3º Encontro Nacional

Sindicalistas metalúrgicos de diversas regiões do País encontraram-se terça e quarta (7 e 8), em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, para definir uma agenda de lutas no grupo Gerdau. O evento, organizado pela CNTM-Força e CNM-CUT, reuniu o Comitê Nacional de Trabalhadores da Gerdau, que fez um balanço das ações desenvolvidas esse ano e programaram novas mobilizações para 2011. Participaram também dirigentes da CTB.

Nosso Sindicato esteve representado pelo diretor José Barros Silva Neto (Barros), que, em setembro, participou de encontro mundial na Espanha, tratando da luta sindical mundial no grupo. Barros diz: “Queremos que a empresa reconheça os comitês sindicais brasileiros e o comitê mundial e negocie com as entidades de classe”.

A Gerdau é a segunda maior empresa do setor siderúrgico no mundo, só perdendo para a Acellor-Mital, que pertence a um empresário de origem indiana. Só na unidade de Ouro Branco, em Minas, ela tem perto de nove mil trabalhadores, mais de três mil terceirizados.

Corporativa - A empresa, segundo Barros, adota critérios corporativos de forma unilateral. Ele explica: “Por exemplo, o convênio médico é padronizado em todo o grupo. Já o valor da PLR, que ela se recusa negociar com os Sindicatos, varia por unidade”. No entendimento do sindicalista, a Gerdau adota o critério que lhe interessa. “Ela usa dois pesos e duas medidas”, critica.

Guarulhos - A Gerdau, que tem 46 unidades no Brasil e 60 em todo o mundo, possui fábrica em Guarulhos, na região de Cumbica, com cerca de 230 trabalhadores. “O Sindicato não sabe se a empresa tem Cipa, quem a compõe, de que forma é eleita, que critérios adota para pagar a PLR. Isso porque ela não tem diálogo com a gente”, conta José Barros da Silva Neto.