Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Médicos, educação e saúde


Quero aproveitar este espaço, e ocasião, para fazer uma homenagem. E minha homenagem vai para os médicos, que na terça (18) comemoraram o seu dia. Ao homenagear os médicos, quero chamar atenção para alguns aspectos da medicina e da saúde no Brasil.
 
Todos sabem, a começar pelos médicos, que a saúde no País não vai bem. E não vai bem por muitos fatores e até pela relação entre saúde e educação, mais precisamente baixo nível de informação e de falta de melhorias urbanas, como saneamento básico, por exemplo.
 
O Brasil, nas últimas décadas, passou por um brutal processo de urbanização desordenada, que deslocou imensas massas para as cidades, especialmente para as periferias das metrópoles. Essa gente (e eu faço parte dessa história) foi empurrada para as grandes cidades sem suporte dos governos, sem educação e sem infraestrutura.
 
E essa situação só começou a mudar com a redemocratização. Mas aí o estrago já tinha sido feito. Vale dizer que a Constituição de 1988 consagrou o Sistema Único de Saúde (SUS), porém os esforços para garantir um SUS eficiente não têm obtido grandes avanços.
 
Outro problema ligado à saúde é o baixo investimento pelos governantes, especialmente de Estados e Municípios, que têm um poder mais efetivo - e direto - de intervir na saúde pública. O Congresso Nacional, atualmente, trava uma luta dura pela aprovação da Emenda 29, que visa destinar mais recursos à saúde. Mas enfrenta oposição, principalmente de prefeitos que não querem investir mais em setor tão vital.
 
Não é incomum relacionar problemas de saúde a baixo número de médicos. Não é verdade. A regra da Organização Mundial da Saúde (OMS) é um médico para cada mil habitantes. A Região Sudeste tem 2,81 médicos a cada mil. Outra relação que fica clara é a médico-nível de renda. Veja: o Maranhão, Estado com a menor renda per capita do Brasil (R$ 1.629,00) tem 0,65 médico por mil habitantes. Já no Distrito Federal (renda de R$ 14.425,00), essa relação é de 5,54 médicos por mil.
 
Participação - A Constituição de 1988 criou os Conselhos, possibilitando participação popular em várias esferas do interesse público. Um deles é o Conselho da Saúde. Nosso Sindicato, que sempre defendeu a presença dos trabalhadores nesse Conselho, tem agora dois de nossos diretores eleitos conselheiros. Nosso compromisso é participar, ativamente, não só fiscalizando a política municipal de saúde, mas principalmente levando propostas que ajudem a rede a atender melhor nossa população.
 
Reivindicações - Há poucos meses, os médicos reivindicaram pagamento mais justo das empresas de convênio. No próximo dia 25 fazem outra manifestação. Eu, como sindicalista e cidadão, apoio essas reivindicações porque uma coisa é certa: com médicos satisfeitos, a saúde pública será, sem dúvida, muito melhor. Aliás, com Servidores valorizados, todos os serviços públicos serão melhores.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
E-mail: pereira@metalurgico.org.br

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 20 de outubro.

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