Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Desafios do segundo turno

Toda eleição soma experiências e traz lições. Ao aprender essas lições nós amadurecemos e podemos colaborar mais no aperfeiçoamento do processo democrático.
 
As eleições encerradas dia 5 trazem vários indicadores. O primeiro é de que, por região, os interesses locais norteiam o voto. Outra indicação é que não há partido hegemônico. As forças políticas estão distribuídas de forma diferente, conforme as condições locais ou regionais.
 
Eleição traz avanços e retrocessos. Não quero destacar aspectos negativos. Entendo como muito positivo, por exemplo, Guarulhos eleger quatro deputados para a Assembleia Legislativa. Isso dará força ao município, na busca de verbas públicas, obras ou políticas em prol da população.
 
Penso que as entidades da sociedade, incluindo Sindicatos, precisarão se aproximar mais dos deputados eleitos, a fim de levar seus pleitos, fiscalizar e também apoiar projetos que interessem à população e aos trabalhadores. Espero que os eleitos estejam dispostos a esse diálogo com as entidades.
 
Nos últimos meses, especialmente depois das chamadas jornadas de junho, cresceu o sentimento conservador entre setores da população e vários eleitos expressam o conservadorismo. Felizmente, salvo exceções, não elegemos extremistas, como em países da Europa, onde a ultradireita leva para dentro da política o racismo, a intolerância e a ideia de resolver questões sociais por meio da violência.
 
Polarização - O segundo turno, dia 26, entre Dilma e Aécio, recoloca a polarização na disputa eleitoral. De certo modo, a candidatura do PT vai da esquerda para o centro e a tucana se move do centro para a direita. Entre os candidatos, porém, são claros seus compromissos com o Estado de Direito.
 
Quanto ao sindicalismo, o movimento soube manter a Pauta Unitária acima da luta eleitoral. Nosso esforço, no segundo turno, deve ser para colocar essa pauta no centro do debate, procurando extrair compromissos efetivos de Dilma e Aécio.
 
Espera-se dos candidatos propostas concretas sobre saneamento básico, saúde pública e reformas, incluindo a reforma política e as de base propostas por Jango e paralisadas desde o golpe de 1964.
 
O Brasil é a sétima economia do mundo. A eleição deve indicar um modelo que potencialize o que já conquistamos. Nos últimos anos, se conseguiu ampliar a inclusão e melhorar, ainda que em ritmo abaixo do desejado, os indicadores sociais. Fazer isso não é uma combinação fácil. Mas o eleitor está sinalizando que quer mais avanços. Esse será o desafio. Sem aventura, sem tirar os pés do chão
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José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com
Facebook: www.facebook.com/PereiraMetalurgico

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 9 de outubro de 2014.

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