Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Paz na política



A política organiza e desorganiza o mundo. Por isso, inexiste gestão privada ou pública que não utilize política, não faça política ou não conviva com ela.

O Estado é uma construção política e seu comando falhou todas as vezes em que se buscou solução fora dos parâmetros políticos.

Política e Estado têm impacto direto na vida da Nação, seja das empresas, das entidades ou dos cidadãos. Se a política é má gestora do Estado, este entra em crise e contamina todo o resto.

Portanto, para o interesse público ou os negócios privados, a política será sempre a chave da questão. É o que se passa no Brasil de hoje.

A presidente Dilma, por mais respeitável que seja sua história pessoal, tem se mostrado muito ruim de política. Eu cito o caso do sindicalismo. Dia 8 de dezembro, ela recebeu as Centrais e garantiu que nada faria, no campo trabalhista, sem ouvir as entidades. Exatos 20 dias depois, baixou o pacote fiscal, que é recessivo e atinge direitos de trabalhadores da ativa e aposentados.

A má gestão gera insegurança, desconfiança, confusão e atritos. Ou seja, desestabiliza o ambiente e induz a crises. E crises não são pagas igualmente por todos. Ao contrário: trabalhadores, aposentados, pensionistas e pequenas empresas são os primeiros da fila. No Brasil de hoje, com juros abusivos, a crise fere todo o setor produtivo.

Recentemente, o vice-presidente Michel Temer conclamou à união nacional. Discreto e experiente, ele fez um chamamento correto, indicando que é preciso buscar o entendimento, pois os interesses da Nação estão acima do calendário eleitoral. 

O vice foi criticado pelos apressados. Eu penso diferente. Já passei por tantas crises econômicas e políticas em meu País, como também por tantos planos econômicos, que não tenho mais disposição pra discutir problemas. Penso que devemos nos concentrar na busca de soluções.

Nosso País está à beira da recessão, o que já é grave. Mais grave, ainda, é chegar a esse estágio metido em confusão político-partidária. Nesse tipo de disputa, acabam prevalecendo sempre as paixões, ressentimentos e os interesses menores.

Eu não tenho dúvidas de que a crise política atropela a economia e agrava a situação, principalmente para os trabalhadores, que perdem o emprego, sofrem arrocho e ataque a direitos. Nessa conjuntura, defender a paz na política não é tomar partido de um ou de outro. Ao contrário: é criar uma base mínima para o Brasil andar e voltar a crescer.

Voltar a crescer, em paz. É disso que o Brasil precisa.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 2 de setembro de 2015.

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